Administradora Lyvia Montezano falou aos presentes sobre a agressão sofrida quando criançaReprodução
Publicado 09/08/2022 15:39 | Atualizado 09/08/2022 17:09
Em meio a denúncias de assédio que culminaram na saída do ex-presidente do banco federal Pedro Guimarães, a Caixa levou uma vítima de violência sexual à apresentação do novo serviço voltado a mulheres nesta terça-feira, 9. No lançamento do "Caixa pra elas", cuja cerimônia aconteceu em São Paulo com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), a administradora Lyvia Montezano falou aos presentes da violência sofrida quando criança.
Apresentando-se como ativista da causa, ela relatou ter sido vítima de abuso sexual aos 5 anos de idade. Aos empresários, Lyvia reclamou da resistência de empresas em apoiar causas como a dela.
Também cobrou uma mudança de mentalidade do empresariado e disse esperar que o dia de hoje seja "um primeiro passo" para um país mais seguro a mulheres. "Que o Brasil seja um lugar seguro para as vítimas e não para os agressores", disse.
A ativista cobrou uma atuação ativa dos "grandes líderes e mentes brasileiras" na defesa das mulheres.
Pedro Guimarães deixou o comando do banco há pouco mais de um mês, após funcionárias relatarem assédio sexual do ex-presidente da Caixa.
Hoje, o banco lançou o Caixa pra elas, uma área de atendimento exclusivo na qual o banco, além de produtos financeiros voltados a mulheres, vai oferecer orientação sobre prevenção à violência de gênero. Bolsonaro, que vai tentar a reeleição nas eleições de outubro, participou do almoço de lançamento do serviço junto com a primeira dama, Michelle Bolsonaro. Dois de seus filhos, o senador Flavio e o deputado Eduardo Bolsonaro, também estiveram presentes.
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