Publicado 17/08/2022 16:47
Um estudo da Organização Todos Pela Educação, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), mostra que, entre 2019 e 2021, houve um aumento de 66,3% no número de crianças de 6 e 7 anos de idade que não sabem ler e escrever no Brasil. Segundo o levantamento, o número passou de 1,4 milhão em 2019 para 2,4 milhões em 2021.
Este impacto na educação reforçou a diferença entre crianças brancas e as pretas e pardas. Os percentuais de crianças pretas e pardas de 6 e 7 anos de idade que não sabiam ler e escrever passaram de 28,8% e 28,2% em 2019 para 47,4% e 44,5% em 2021 — entre as brancas, o aumento foi de 20,3% para 35,1% no mesmo período.
Em entrevista para o RJTV, da TV Globo, o coordenador de Políticas Educacionais da organização, Ivan Gontijo, explica a importância da alfabetização no processo de aprendizagem escolar. “Uma coisa importante de ser dita é que a alfabetização tem algumas características muito importantes, porque ela é chamada de uma habilidade base para educação. Se um aluno não é nem alfabetizado, ele vai ter muito mais dificuldade de aprender todas as outras disciplinas”, explicou.
O levantamento mostra ainda a diferença entre as crianças que moram em domicílios mais ricos e mais pobres do país. Entre as de menor renda, o percentual das que não sabiam ler e escrever aumentou de 33,6% para 51,0% no período entre 2019 e 2021. Já as mais ricas, a elevação foi de 11,4% para 16,6%.
Este impacto na educação reforçou a diferença entre crianças brancas e as pretas e pardas. Os percentuais de crianças pretas e pardas de 6 e 7 anos de idade que não sabiam ler e escrever passaram de 28,8% e 28,2% em 2019 para 47,4% e 44,5% em 2021 — entre as brancas, o aumento foi de 20,3% para 35,1% no mesmo período.
Em entrevista para o RJTV, da TV Globo, o coordenador de Políticas Educacionais da organização, Ivan Gontijo, explica a importância da alfabetização no processo de aprendizagem escolar. “Uma coisa importante de ser dita é que a alfabetização tem algumas características muito importantes, porque ela é chamada de uma habilidade base para educação. Se um aluno não é nem alfabetizado, ele vai ter muito mais dificuldade de aprender todas as outras disciplinas”, explicou.
O levantamento mostra ainda a diferença entre as crianças que moram em domicílios mais ricos e mais pobres do país. Entre as de menor renda, o percentual das que não sabiam ler e escrever aumentou de 33,6% para 51,0% no período entre 2019 e 2021. Já as mais ricas, a elevação foi de 11,4% para 16,6%.
A alfabetização infantil deve ser iniciada no primeiro ano do ensino fundamental, por volta dos 6 anos. Espera-se que elas saibam ler e escrever até o segundo ano do Ensino Fundamental, segundo a Base Nacional Comum Curricular.
Gontijo aponta algumas medidas necessárias para recuperar o prejuízo na base escolar. “A pandemia significou tempo perdido em termos de aprendizagem, e nada melhor para recuperar esse tempo perdido que os estudantes fiquem mais tempo nas escolas, oferecer aulas no contraturno, complementar escolas no tempo integram no ensino fundamental. (...) Se a gente não consegue resolver esse problema da alfabetização, fica muito difícil avançar em termos de resultados educacionais. A educação é base para toda a trajetória educacional de um estudante”, concluiu.
Gontijo aponta algumas medidas necessárias para recuperar o prejuízo na base escolar. “A pandemia significou tempo perdido em termos de aprendizagem, e nada melhor para recuperar esse tempo perdido que os estudantes fiquem mais tempo nas escolas, oferecer aulas no contraturno, complementar escolas no tempo integram no ensino fundamental. (...) Se a gente não consegue resolver esse problema da alfabetização, fica muito difícil avançar em termos de resultados educacionais. A educação é base para toda a trajetória educacional de um estudante”, concluiu.
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