Publicado 20/09/2022 10:32
Curitiba - A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 20, uma operação para desarticular organizações criminosas especializadas em tráfico transnacional de entorpecentes. A ação, em parceira com a Interpol, conta com o apoio das polícias espanhola, suíça e portuguesa, e apoio aéreo da Polícia Militar.
De acordo com a PF, "as pessoas aliciadas eram preparadas para se passar por turistas e, assim, levar a droga para o exterior, em especial a Europa, Ásia e o Oriente Médio. Por vezes, as organizações criminosas convenciam os aliciados a levar seus próprios filhos menores nessas viagens, como mais uma forma de tentar ludibriar a fiscalização".
A operação, batizada de Duplo Risco, cumpre sete mandados de prisão preventiva no Brasil, três mandados de prisão na Europa, sendo dois na Espanha e um em Portugal, e 80 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, de Santa Catarina e São Paulo, além de ordens de bloqueio de contas bancárias, sequestros, apreensões de imóveis e veículos de luxo.
A investigação foi iniciada em 2017, o que, segundo a PF, possibilitou compreender o funcionamento de todas as etapas dos crimes praticados – agregação de aliciados, preparação das malas contendo a droga, compra de passagens e hospedagens e até a entrega da droga para traficantes no exterior.
A operação, batizada de Duplo Risco, cumpre sete mandados de prisão preventiva no Brasil, três mandados de prisão na Europa, sendo dois na Espanha e um em Portugal, e 80 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná, de Santa Catarina e São Paulo, além de ordens de bloqueio de contas bancárias, sequestros, apreensões de imóveis e veículos de luxo.
A investigação foi iniciada em 2017, o que, segundo a PF, possibilitou compreender o funcionamento de todas as etapas dos crimes praticados – agregação de aliciados, preparação das malas contendo a droga, compra de passagens e hospedagens e até a entrega da droga para traficantes no exterior.
Os grupos admitiam jovens sem histórico criminal, geralmente de baixa renda, sob promessa de lucros fáceis e exorbitantes, iludindo-os com a possibilidade de viagens à Europa com despesas pagas, e fazendo a compra de roupas para a viagem.
Segundo a PF, o nome da ação "remete ao fato de que muitos dos aliciados 'mulas' viajaram do Brasil para a Europa transportando cocaína" e, no retorno "trouxeram drogas sintéticas, correndo o risco de serem presos duplamente em cada viagem".
Os investigados vão responder pelos crimes de tráfico transnacional de entorpecentes, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se somadas, as penas podem chegar a 33 anos de prisão.
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