Publicado 11/10/2022 10:35
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) realizam na manhã desta terça-feira, 11, a operação "Operação Edema" para cumprir 31 mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), para investigar um suposto esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do estado com desvio de R$ 54 milhões. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento de Paulo Dantas do cargo, e também do vice, José Wanderley Neto.
O processo apura desvios "sistemáticos" de recursos públicos que ocorreriam desde 2019 no governo alagoano, e tramita em segredo de justiça. Segundo o MPF, "os investigados estão impedidos de manter contato entre si e de frequentar os órgãos públicos envolvidos na investigação''.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça determinou sequestro de bens, afastamento de função pública e outras medidas. Ainda de acordo com o Ministério Público Federal são apurados crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. No momento da ação, o chefe do Executivo estava em São Paulo. Não houve mandado de prisão.
Paulo Dantas, 43, é governador de Alagoas e disputa a reeleição para o cargo. Ele foi prefeito da cidade de Batalha, que hoje está sob o comando de sua esposa, por dois mandatos até 2018, quando foi eleito deputado estadual.
Em disputa pela reeleição, Dantas foi para o segundo turno contra o candidato Rodrigo Cunha (União Brasil). O governador terminou o primeiro turno, disputado em 2 de outubro, com 46,64% dos votos, contra 26,79% de Cunha.
O jornal O Dia tenta contato com a assessoria de Paulo Dantas, do governo de Alagoas e da Assembleia Legislativa para comentar a operação.
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