Publicado 17/10/2022 10:35 | Atualizado 17/10/2022 13:16
Após quase dois anos forjando a própria morte, o traficante Anilson Ricardo Nerys, de 37 anos, foi preso na Operação Ressurreição, em Goiás, na última quinta-feira, 13. O criminoso conseguiu um falso atestado de óbito, no Pará, em dezembro de 2020, com o objetivo de arquivar os processos judiciais que correm contra ele.
Apontado como um dos maiores traficantes do país, Anilson era líder da facção goiana Amigos do Estado (ADE), que é aliada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele tem 19 processos nos Tribunais de Justiça de Goiás (TJGO), Ceará (TJCE), São Paulo (TJSP) e Mato Grosso do Sul (TJMS), além de outros dois no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nerys tem atribuído a ele crimes de roubo a bancos, tráfico de drogas, homicídio, ocultação de cadáver e extorsão. Ele já escapou três vezes de presídios.
A Polícia Federal de Rondônia descobriu o esquema do traficante, e deflagrou a Operação Ressureição, nome que faz referência ao fato de retornar da morte. A ação, realizada na quinta-feira, 13, contou com apoio da Polícia Militar de Goiás. A corporação deteve Anilson, que tentou enganar os agentes com um documento falso em nome de Carlos Henrique Neto da Silva.
A Polícia Federal de Rondônia descobriu o esquema do traficante, e deflagrou a Operação Ressureição, nome que faz referência ao fato de retornar da morte. A ação, realizada na quinta-feira, 13, contou com apoio da Polícia Militar de Goiás. A corporação deteve Anilson, que tentou enganar os agentes com um documento falso em nome de Carlos Henrique Neto da Silva.
De acordo com a PM, as suspeitas se deram pelo fato de que ninguém assumiu seu lugar no comando da facção, mas o tráfico e as ordens para cometimento dos crimes continuavam. Com isso, as ações de inteligência identificaram o suposto atestado de óbito falso de Anilson e deflagraram a operação.
Liamar Maria Aparecida de Almeida Nerys, esposa do traficante, era responsável por lavar o dinheiro do marido por meio da compra de imóveis, empresas e veículos de luxo. Contra ela, existem oito processos no TJ-GO. Ela tem passagens por tráfico de drogas, receptação e associação para o tráfico. Liamar também foi presa.
Histórico Criminal
A Polícia Militar de Goiás informou que teve seus primeiros contatos com Anilson em 2004 e 2006 com envolvimento com tráfico de drogas, e de lá para cá tem acompanhado suas ações.
Em 2014, quando estava preso em Goiânia pelos crimes de roubo e tráfico de drogas, foi resgatado por comparsas quando era transportado da colônia agroindustrial para a Penitenciária Odenir Guimarães (POG), ambas em Aparecida de Goiânia.
Em março de 2016, fugiu da Unidade prisional de Itaitinga no Ceará, fazendo um buraco na cela.
Em 2019, Anilson estava foragido morando na Bolívia, utilizando documentos falsos. Após ser preso pela polícia boliviana, foi extraditado para o Brasil e entregue à Polícia Federal, mas fugiu posteriormente do presídio do Mato Grosso do Sul. Na época, ele figurava na Difusão Vermelha da Interpol.
Anilson é responsável por grande parte do tráfico de drogas na cidade de Aparecida de Goiânia.
Em 2021, seus advogados apresentaram ao poder judiciário um atestado de óbito como sendo de Anilson, conseguindo o arquivamento de todos os processos e condenações.
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