Publicado 09/11/2022 15:56
O governo brasileiro quer a ajuda da iniciativa privada para dar escala às iniciativas que pretendem desenvolver, no Brasil, uma economia menos danosa ao meio ambiente. Nesse sentido, segundo o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, caberá ao poder público estabelecer políticas públicas que deem diretriz geral e segurança aos investidores.
A declaração foi feita de forma on-line, transmitida ao vivo para o pavilhão brasileiro na COP27, que reúne representantes de governos e da sociedade civil em Sharm el-Sheikh, no Egito. A conferência terminará no dia 18.
“As políticas públicas vêm para dar segurança necessária e uma diretriz geral, mas são os empreendedores que fazem a coisa ganhar corpo”, disse o ministro ao falar sobre as ações que vêm sendo adotadas pelo governo no sentido de “catalisar uma nova economia verde”.
Na avaliação do ministro, sua pasta “saiu de um modelo simplório de simplesmente multar, proibir e culpar o setor privado, para empreender e inovar, com ele [setor privado], e para promover políticas que tragam segurança jurídica e incentivos, como o do metano zero ou todo esse mercado de carbono que está surgindo”, disse. “Tudo isso traz oportunidades para o empreendedor empreender”, acrescentou.
O ministro disse que o governo tem atuado para “catalisar essa nova economia verde via políticas públicas”. “Esse é o caminho correto a se fazer, criando economia e empregos verdes”, disse.
“O setor privado é o que dá escala para a economia verde. Se quisermos dar escala a essa economia e atingir a neutralidade climática até 2050, a gente precisa dar escala a essas ações, e só o setor privado com seu dinamismo econômico para a geração de emprego e riqueza é que vai fazer isso”, argumentou.
Chefe da delegação brasileira na COP27, Leite chegará ao encontro no próximo dia 15 para finalizar as negociações que estão sendo conduzidas pelos embaixadores Paulino Franco de Carvalho Neto e Leonardo Cleaver Athayde.
Ele e outros integrantes do governo têm declarado que aproveitarão a COP27 para mostrar ao mundo o potencial brasileiro para a geração de energia limpa e barata, de forma a atrair investimento estrangeiro para empreendimentos voltados a esse tipo de energia, gerada de forma 100% renovável.
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