Publicado 17/11/2022 21:16
O vice-presidente eleito e coordenador da transição de governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que a saída do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega da equipe de transição foi uma “coisa injusta”. Ele estava escalado para cuidar do planejamento e orçamento.
"Eu liguei para agradecer ao ministro Guido Mantega. Eu acho uma coisa injusta, porque ele seria um colaborador voluntário, não ia ganhar nada, trabalho voluntário, não seria nomeado para nenhum cargo. Mas ele se antecipou e pediu para ser excluído. Mas a rigor é uma coisa injusta. Não está sendo nomeado para cargo nenhum", disse Alckmin.
"Eu liguei para agradecer ao ministro Guido Mantega. Eu acho uma coisa injusta, porque ele seria um colaborador voluntário, não ia ganhar nada, trabalho voluntário, não seria nomeado para nenhum cargo. Mas ele se antecipou e pediu para ser excluído. Mas a rigor é uma coisa injusta. Não está sendo nomeado para cargo nenhum", disse Alckmin.
Em uma carta enviada a Alckmin, Mantega agradeceu o convite e disse que o motivo para deixar a equipe foi "adversários interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo".
Confira na íntegra o conteúdo da carta:
Confira na íntegra o conteúdo da carta:
São Paulo, 17 de novembro de 2022.
Prezado Vice-presidente
Geraldo Alckmin
Coordenador Geral da Equipe de Transição
Prezado Vice-presidente
Geraldo Alckmin
Coordenador Geral da Equipe de Transição
Aceitei com alegria o convite para participar do Grupo de Transição, na certeza de poder dar uma contribuição para a implantação do governo democrático do presidente Lula.
Entretanto, em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na Equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por 8 anos.
Mesmo assim essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo.
Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da Equipe de Transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública. Estou confiante de que a justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação.
Agradecendo a confiança,
Atenciosamente,
Guido Mantega
Entretanto, em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na Equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por 8 anos.
Mesmo assim essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo.
Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da Equipe de Transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública. Estou confiante de que a justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação.
Agradecendo a confiança,
Atenciosamente,
Guido Mantega
Mantega passou a integrar o grupo de transição na semana passada para participar do grupo técnico do planejamento, orçamento e gestão. O ex-ministro não pode exercer cargo em comissão ou função de confiança na administração pública federal por causa de uma punição feita pelo TCU (Tribunal de Contas da União). A condenação ocorreu por conta das pedalas fiscais. Guido só pode trabalhar de maneira voluntária.
Além disso, o ex-ministro também ficou marcado por adotar uma política desenvolvimentista durante os governos Lula e Dilma, entre 2006 e 2014. O mercado financeiro o aponta como responsável pelo crescimento econômico e a diminuição acentuada no desemprego.
Além disso, o ex-ministro também ficou marcado por adotar uma política desenvolvimentista durante os governos Lula e Dilma, entre 2006 e 2014. O mercado financeiro o aponta como responsável pelo crescimento econômico e a diminuição acentuada no desemprego.
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