Publicado 22/11/2022 17:55
Brasília - Três semanas após o segundo turno das eleições deste ano, que aconteceu em 30 de outubro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com um pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitanto a anulação de parte dos votos deste pleito. Segundo consta no documento, o relatório pede a invalidação dos votos das urnas fabricadas antes de 2020. Com isso, 59,18% das urnas do segundo turno teriam seus votos anulados. Entretanto, não há reclamação sobre a votação do primeiro turno, quando o PL elegeu 99 deputados federais e oito senadores. O pedido está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia.
A solicitação, que foi assinada pelo advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa, cita o laudo técnico de auditoria feito pelo Instituto Voto Legal (IVL), contratado pelo PL, que teria constatado "evidências contundentes de mau funcionamento de urnas eletrônicas".
Depois que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, anunciou a conclusão do relatório do partido sobre as eleições, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, deu 24 horas para que a sigla também inclua na ação ao tribunal o questionamento ao resultado do 1º turno das eleições. Com isso, o partido está obrigado a questionar os números que fizeram do PL a maior bancada na Câmara.
Desde o ano passado, Bolsonaro põe em dúvida o sistema eleitoral, mas nunca apresentou provas do que diz. Recentemente, auditoria feita pelas Forças Armadas mostraram a lisura das eleições. Nos bastidores, porém, o presidente continua dizendo que é vítima de uma "armação" da Justiça Eleitoral.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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