Publicado 25/11/2022 20:18
O político e banqueiro João Amoêdo, fundador do partido Novo, anunciou nesta sexta-feira (25) a desfiliação da legenda. Através das redes sociais, o candidato à Presidência em 2018, disse que a sigla não o representa mais.
"Hoje, com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010. Deixo um agradecimento especial a todos que fizeram parte desse time que com dedicação, humildade e determinação transformaram em realidade o que parecia ser impossível", disse o banqueiro no Twitter.
"Hoje, com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010. Deixo um agradecimento especial a todos que fizeram parte desse time que com dedicação, humildade e determinação transformaram em realidade o que parecia ser impossível", disse o banqueiro no Twitter.
Hoje, com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010.
Deixo um agradecimento especial a todos que fizeram parte desse time que com dedicação, humildade e determinação transformaram em realidade o que parecia ser impossível. (1/8)
Segundo Amoêdo, o partido de 10 anos atrás não existe mais. Ele justifica a saída dizendo que "descumpre o próprio estatuto, idolatra mandatários, não reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia".
"Infelizmente, o NOVO, fundado em 2011 e pelo qual trabalhamos por mais de 10 anos, não existe mais. Ao longo dos últimos 33 meses, sob a atual gestão, o NOVO foi sendo desfigurado e se distanciou da sua concepção original de ser uma instituição inovadora que, com visão de longo prazo, sem culto a salvadores da pátria, representava a esperança de algo diferente na política. O NOVO atual descumpre o próprio estatuto, aparelha a sua Comissão de Ética para calar filiados, faz coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia. O partido, mesmo com o péssimo desempenho eleitoral, com a perda de milhares de filiados, a saída de inúmeros dirigentes, não esboça qualquer sinal de retomar o caminho original", disse o fundador da sigla.
Procurada pelo iG, a assessoria do partido Novo ainda não se manifestou sobre a saída de João Amoêdo.
Suspensão do partido
Procurada pelo iG, a assessoria do partido Novo ainda não se manifestou sobre a saída de João Amoêdo.
Suspensão do partido
No dia 27 de outubro, após declarar apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições 2022, o partido determinou a suspensão imediata da filiação de João Amoêdo.
A legenda, comandada hoje por Eduardo Ribeiro, informou que o desligamento se deu por "possíveis violações Estatutárias cometidas por ele".
"O Partido Novo, através da Comissão de Ética Partidária (CEP), decidiu suspender liminarmente a filiação de JOÃO DIONÍSIO FILGUEIRA BARRETO AMOÊDO, até o encerramento do Processo Disciplinar aberto contra ele, por possíveis violações Estatutárias cometidas por ele, com base no art. 21, II combinado com §2º. A Comissão de Ética Partidária (CEP) é o órgão nacional, independente e permanente de apoio à gestão do NOVO e que tem como principal função zelar pela ética e decoro, bem como pela aplicação do Estatuto e normas internas do NOVO, sendo assim o órgão competente para julgar denúncias feitas por nossos filiados", disse o partido em comunicado.
Membros da legenda, como o candidato à Presidência da República derrotado no primeiro turno, Felipe D'Ávila, disseram que Amoêdo havia traído o partido ao declarar voto em Lula no segundo pleito.
"A declaração de voto de Amoêdo ao Lula é uma traição aos valores liberais, ao partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o Brasil do lulopetismo que tantos males criou ao Brasil. Amoêdo: pega o boné e vai embora. Você não representa os valores liberais", escreveu D’Avila nas redes sociais.
A legenda, comandada hoje por Eduardo Ribeiro, informou que o desligamento se deu por "possíveis violações Estatutárias cometidas por ele".
"O Partido Novo, através da Comissão de Ética Partidária (CEP), decidiu suspender liminarmente a filiação de JOÃO DIONÍSIO FILGUEIRA BARRETO AMOÊDO, até o encerramento do Processo Disciplinar aberto contra ele, por possíveis violações Estatutárias cometidas por ele, com base no art. 21, II combinado com §2º. A Comissão de Ética Partidária (CEP) é o órgão nacional, independente e permanente de apoio à gestão do NOVO e que tem como principal função zelar pela ética e decoro, bem como pela aplicação do Estatuto e normas internas do NOVO, sendo assim o órgão competente para julgar denúncias feitas por nossos filiados", disse o partido em comunicado.
Membros da legenda, como o candidato à Presidência da República derrotado no primeiro turno, Felipe D'Ávila, disseram que Amoêdo havia traído o partido ao declarar voto em Lula no segundo pleito.
"A declaração de voto de Amoêdo ao Lula é uma traição aos valores liberais, ao partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o Brasil do lulopetismo que tantos males criou ao Brasil. Amoêdo: pega o boné e vai embora. Você não representa os valores liberais", escreveu D’Avila nas redes sociais.
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