Publicado 30/11/2022 14:28
Boa Vista - Em ação conjunta, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram na manhã desta quarta-feira, 30, a operação Yoasi - irmão de Omama e responsável pela morte no mundo para os Yanomami - com objetivo de investigar e combater um esquema de desvio de recursos públicos federais destinados ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y).
Ao todo, são cumpridos dez mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima. O inquérito policial foi instaurado após o recebimento de um inquérito civil, conduzido pelo MPF, que apurou notícias divulgadas pela imprensa que denunciavam a falta de medicamentos para malária e verminoses na Terra Indígena Yanomami.
Ao todo, são cumpridos dez mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima. O inquérito policial foi instaurado após o recebimento de um inquérito civil, conduzido pelo MPF, que apurou notícias divulgadas pela imprensa que denunciavam a falta de medicamentos para malária e verminoses na Terra Indígena Yanomami.
As diligências do MPF identificaram, dentre outras irregularidades, o recebimento do vermífugo albendazol em quantidades inferiores ao adquirido pelo órgão. Além do remédio, as suspeitas são que apenas 30% de mais de 90 tipos de medicamentos fornecidos por uma das empresas contratadas pelo DSEI-Y teriam sido devidamente entregues. Com o apoio de agentes públicos, os recebimentos das entregas seriam fraudados e indicariam o cumprimento integral da contratação.
Apenas em relação ao prejuízo para tratamento de verminoses, o esquema implementado no DSEI-Y teria deixado 10.193 crianças desassistidas, resultando no aumento de infecções e manifestações de formas graves da doença, com crianças expelindo vermes pela boca.
O empresário suspeito de se beneficiar do esquema também é investigado em outra ação, por suspeitas de participação em um esquema de desvio de recursos públicos do combate ao COVID em Roraima.
Os principais crimes investigados são fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação. A soma das penas para estes crimes pode ultrapassar 35 anos de reclusão.
Apenas em relação ao prejuízo para tratamento de verminoses, o esquema implementado no DSEI-Y teria deixado 10.193 crianças desassistidas, resultando no aumento de infecções e manifestações de formas graves da doença, com crianças expelindo vermes pela boca.
O empresário suspeito de se beneficiar do esquema também é investigado em outra ação, por suspeitas de participação em um esquema de desvio de recursos públicos do combate ao COVID em Roraima.
Os principais crimes investigados são fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação. A soma das penas para estes crimes pode ultrapassar 35 anos de reclusão.
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