Publicado 06/12/2022 12:33 | Atualizado 06/12/2022 12:55
Abatiá (PR) - Um homem de 44 anos matou a própria mulher a facadas, na última sexta-feira, 2, em Abatiá, no norte do Paraná. Após o crime, o suspeito, identificado como Gilmar Ferreira de Souza, tirou uma foto ao lado do corpo e publicou em uma rede social. Na imagem acessada por O DIA, ele e o chão da residência do casal, onde aconteceu o crime, aparecem ensanguentados.
O suspeito ainda tentou se suicidar, segundo a Polícia Civil. Ele foi socorrido e levado a um hospital da região, onde está sendo mantido sob escolta policial até a alta médica — que, a princípio, não tem previsão. Posteriormente, será encaminhado à Cadeia Pública de Bandeirantes.
O corpo da mulher, identificada como Adriana Carvalho Vieira, de 40 anos, foi velado na noite seguinte ao crime e sepultado na manhã de domingo, 4, no Cemitério Municipal de Abatiá. Ela era religiosa e pertencia à Assembleia de Deus Missão de Abatiá.
Em uma publicação nas redes sociais, a igreja lamentou a morte da fiel, a quem chamou de "nossa amada irmã". "Neste momento de dor pedimos a Deus que dê conforto à sua família para que possam enfrentar esta imensurável dor com serenidade e fé. Agradecemos imensamente o tempo que pudemos conviver com ela, que será sempre lembrada em nossos corações", destaca a postagem.
O texto foi comentado por cerca de 50 pessoas, que também lamentaram a perda. A igreja divulgou que realizaria um culto fúnebre em homenagem a Adriana, pouco antes do sepultamento.
Em outra mensagem, publicada pela funerária para informar a data do velório, diversos moradores comentaram o caso. "Um crime bárbaro, uma crueldade sem dimensão. Meu Deus, que tristeza! Nossa Dri agora descansa nos braços do Senhor", escreveu uma mulher. "Profunda tristeza invade o nosso coração diante de tamanha atrocidade", comentou outra. "Vai fazer muita falta pra nós", disse uma terceira pessoa.
Gilmar é funcionário público. Antes do crime, ele exercia a função de auxiliar de serviços gerais na Prefeitura de Abatiá. Questionada por O DIA se vai exonerar o empregado, a gestão municipal não retornou o contato até a publicação desta matéria.
O caso é investigado pela Civil, que informou estar "realizando diligências a fim de esclarecer o ocorrido". O homem foi indiciado por feminicídio. Se condenado, a pena prevista vai de 12 a 30 anos de prisão. O juiz pode ainda considerar causas que talvez elevem o tempo de reclusão, acrescentou a corporação.
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