Vítimas eram irmãs e deixaram a casa da mãe para passar o fim de semana com o paiReprodução
Publicado 14/12/2022 08:08 | Atualizado 15/12/2022 09:57
Porto Alegre (RS) - Quatro crianças — de 3, 6, 8 e 11 anos — foram encontradas mortas dentro de casa na terça-feira, 13, em Alvorada, região Metropolitana de Porto Alegre. O pai David da Silva Lemos, de 28 anos, que é o principal suspeito dos crimes, foi preso nesta quarta-feira, 14. Segundo a polícia, ele confessou ter assassinado os próprios filhos.
As vítimas deixaram a casa da mãe para passar o fim de semana com o pai. As crianças deveriam ter retornado na segunda-feira, 12, e como isso não aconteceu, a mulher, de 24 anos, foi buscá-las. Chegando no local, casa da avó paterna, ela recebeu a notícia do que havia acontecido.
Os corpos foram encontrados em cômodos diferentes. As três mais velhas foram esfaqueadas e a menor asfixiada. Além da polícia, que foi chamada por vizinhos, duas equipes do Departamento de Criminalística do Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul estiveram no local. Os corpos foram encaminhados para procedimentos de identificação e necropsia no Departamento Médico-Legal.
Segundo o delegado Augusto Zenon, a suspeita é de que o homem tenha fugido logo após cometer os crimes, o que teria acontecido cerca de 12h a 24h antes das equipes chegarem ao local. No fim da tarde de terça, o homem chegou a mandar mensagens para a mãe das crianças, fazendo ameaças. 
David da Silva Lemos, principal suspeito dos crimes - Reprodução: RBS
David da Silva Lemos, principal suspeito dos crimesReprodução: RBS
O delegado ainda detalhou como as crianças foram assassinadas: uma das vítimas foi asfixiada contra o colchão, duas sofreram facadas no peito e outra no tórax, pelas costas. Segundo a polícia, o homem deu calmante para as crianças e depois matou os filhos. Na delegacia, durante o depoimento, ele ficou em silêncio e não deu detalhes da ação.
A defesa de Lemos deve ser feita pela Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, que estava presente na delegacia. De acordo com a defensoria, o órgão aguarda a conclusão do inquérito policial e que o homem vai constituir advogado particular. "Caso não constitua advogado particular a Defensoria Pública por seu dever constitucional irá atuar na defesa do mesmo".
Segundo investigações, David da Silva Lemos possui histórico de agressões. Em setembro, ela já havia procurado a polícia para fazer uma queixa sobre o ex-marido. A mulher contou que foi arrastada pelos cabelos e ameaçada com uma faca. Durante a confusão, ele precisou ser imobilizado pelos vizinhos. 
Os dois foram casados por 11 anos e estavam separados desde agosto. Na época, ela revelou aos policiais que o homem era usuário de álcool e drogas e solicitou medida protetiva.

 
 

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