Publicado 19/12/2022 09:22
A transição revirou os sistemas a que teve acesso do governo federal e não encontrou nenhum traço de ataque hacker, como sugeriu membros da administração de Jair Bolsonaro (PL). Mesmo que boa parte dos sistemas tenha sido reiniciada por orientação dos ministros do presidente, sob a alegação de que houve invasão após as eleições, não foi localizado nada semelhante.
Uma fonte ouvida pela coluna e que trabalhou na transição explicou que o governo federal não ajudou em nada, já que não liberou acesso aos computadores utilizados. Mesmo assim, por força de lei a transição teve acesso a diversos sistemas oficiais e fez uma varredura em todos eles. Um profissional foi contratado para vasculhar os programas nas datas em que houve o suposto ataque, mas nada foi encontrado.
Uma fonte ouvida pela coluna e que trabalhou na transição explicou que o governo federal não ajudou em nada, já que não liberou acesso aos computadores utilizados. Mesmo assim, por força de lei a transição teve acesso a diversos sistemas oficiais e fez uma varredura em todos eles. Um profissional foi contratado para vasculhar os programas nas datas em que houve o suposto ataque, mas nada foi encontrado.
"Não houve sequer movimentação estranha na web oficial do governo nas datas indicadas para o possível hacker", afirmou um parlamentar que está trabalhando dentro da transição. "Nosso programador afirmou que não vê como teria ocorrido uma invasão sem nenhum traço porque qualquer situação assim deixa vestígios", continuou ele, tentando evitar acusações.
Falando em acusações, o mesmo deputado confirmou que o relatório final da transição não vai apontar que não houve ataque. "Não há como cravar porque não tivemos acesso diretamente aos computadores, mas apenas em parte dos sistemas. Em janeiro, depois que o governo assumir, haverá uma varredura mais completa para confirmar", explicou ele.
No caso de não ter ocorrido ataque hacker, existe a possibilidade do novo governo enviar à PGR (Procuradoria Geral da República) documentos comprovando que houve fraude e exclusão de documentos oficiais, o que é considerado crime. "Quem vai responder é outro assunto porque é preciso investigar e saber de onde partiu a ordem e quem foi que apagou", afirmou outro membro da transição.
O grupo nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive, pediu acesso ao documento que ordenou que documentos fossem apagados do sistema do governo federal. Mas não houve resposta ao pedido, segundo confirmou um parlamentar, em conversa com a coluna. "Se foi do Bolsonaro, ele vai responder, mas é provável que a ordem tenha sido dada por um ministro", ponderou.
Nos corredores de Brasília, o tema é tratado como uma piada. "Foi queima de arquivo", disse um assessor da presidência num grupo de mensagens, em conversa com amigos próximos. No entanto, como ele não apresentou provas ou fez denúncia formal, ninguém levou a sério.
Falando em acusações, o mesmo deputado confirmou que o relatório final da transição não vai apontar que não houve ataque. "Não há como cravar porque não tivemos acesso diretamente aos computadores, mas apenas em parte dos sistemas. Em janeiro, depois que o governo assumir, haverá uma varredura mais completa para confirmar", explicou ele.
No caso de não ter ocorrido ataque hacker, existe a possibilidade do novo governo enviar à PGR (Procuradoria Geral da República) documentos comprovando que houve fraude e exclusão de documentos oficiais, o que é considerado crime. "Quem vai responder é outro assunto porque é preciso investigar e saber de onde partiu a ordem e quem foi que apagou", afirmou outro membro da transição.
O grupo nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive, pediu acesso ao documento que ordenou que documentos fossem apagados do sistema do governo federal. Mas não houve resposta ao pedido, segundo confirmou um parlamentar, em conversa com a coluna. "Se foi do Bolsonaro, ele vai responder, mas é provável que a ordem tenha sido dada por um ministro", ponderou.
Nos corredores de Brasília, o tema é tratado como uma piada. "Foi queima de arquivo", disse um assessor da presidência num grupo de mensagens, em conversa com amigos próximos. No entanto, como ele não apresentou provas ou fez denúncia formal, ninguém levou a sério.
A transição optou por não convocar nenhum funcionário de carreira antes de Lula assumir a função, mas é provável que seja aberta uma sindicância para apurar os fatos. É mais uma situação delicada que o governo Bolsonaro teme vir à tona em janeiro.
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