Posse de Lula terá esquema de segurança inédito

Cerimônia acontece no próximo domingo, em Brasília

Lula e o vic-presidente Alckmin comandarão o país a partir de 1º de janeiroNELSON ALMEIDA / AFP
Publicado 30/12/2022 11:04
Uma esquema de segurança inédito e "robusto" foi preparado para a cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo domingo, 1º, em Brasília, para impedir novos atos violentos de seguidores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com agentes de diversas forças policiais mobilizados nas ruas, postos de controle e até uma cartilha com recomendações aos militantes, as autoridades e a equipe de Lula tentam aumentar a segurança do evento.
Centenas de bolsonaristas se mobilizaram desde o segundo turno, em 30 de outubro, quando o presidente foi derrotado pelo petista, para rejeitar o resultado das urnas e pedir um golpe de Estado.
A preocupação aumentou recentemente, depois que a polícia prendeu um bolsonarista por colocar um explosivo em um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília, com a intenção de provocar o "caos", uma intervenção das Forças Armadas e impedir a tomada de posse de Lula.
O governo do Distrito Federal vai mobilizar "100%" de sua polícia, em uma operação "robusta" que pode envolver até 8 mil agentes, anunciaram as autoridades.
Além disso, mil agentes da Polícia Federal (PF) ficarão encarregados de tarefas de Inteligência e de segurança, o maior contingente utilizado para uma posse, segundo a PF. 
O Ministério da Justiça também autorizou o uso da Força Nacional para conter possíveis situações que violem a lei e a ordem.
A equipe do presidente eleito espera 300 mil pessoas e está confirmada a participação de 56 delegações internacionais, incluindo cerca de 15 chefes de Estado e de Governo.
Por questões de segurança, as principais vias de acesso à Esplanada dos Ministérios serão fechadas, assim como a artéria que dá acesso à Praça dos Três Poderes. 
Pelo mesmo motivo, as autoridades limitaram a 30 mil o número de pessoas que poderão acompanhar o discurso de Lula no parlatório do Palácio do Planalto. Os demais militantes poderão assistir ao ato em telões, e todos terão de passar por controles policiais ao ingressar na Esplanada dos Ministérios.
O aeroporto internacional de Brasília também terá esquema de segurança reforçado. Espera-se a chegada de 150 mil pessoas entre esta sexta-feira, 30, e a próxima segunda-feira, 2.
O ministro Alexandre de Moraes, juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o porte de armas para diversas categorias de civis em Brasília até 2 de janeiro.
A medida atinge caçadores, atiradores e colecionadores de armas (CACs), grupos que cresceram exponencialmente nos últimos anos, favorecidos pela flexibilização do porte promovida por Bolsonaro. O juiz baseou sua decisão na ação de "grupos extremistas" que vêm atacando "o Estado Democrático de Direito".
O Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula distribuiu aos militantes um panfleto com 14 recomendações de segurança para a cerimônia, incluindo "sempre andar em grupo" e, se estiver sozinho, "não portar objetos que identifiquem sua posição política". Também orienta a "não responder a provocações físicas, ou verbais".
 
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Posse de Lula terá esquema de segurança inédito

Cerimônia acontece no próximo domingo, em Brasília

Lula e o vic-presidente Alckmin comandarão o país a partir de 1º de janeiroNELSON ALMEIDA / AFP
Publicado 30/12/2022 11:04
Uma esquema de segurança inédito e "robusto" foi preparado para a cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo domingo, 1º, em Brasília, para impedir novos atos violentos de seguidores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com agentes de diversas forças policiais mobilizados nas ruas, postos de controle e até uma cartilha com recomendações aos militantes, as autoridades e a equipe de Lula tentam aumentar a segurança do evento.
Centenas de bolsonaristas se mobilizaram desde o segundo turno, em 30 de outubro, quando o presidente foi derrotado pelo petista, para rejeitar o resultado das urnas e pedir um golpe de Estado.
A preocupação aumentou recentemente, depois que a polícia prendeu um bolsonarista por colocar um explosivo em um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília, com a intenção de provocar o "caos", uma intervenção das Forças Armadas e impedir a tomada de posse de Lula.
O governo do Distrito Federal vai mobilizar "100%" de sua polícia, em uma operação "robusta" que pode envolver até 8 mil agentes, anunciaram as autoridades.
Além disso, mil agentes da Polícia Federal (PF) ficarão encarregados de tarefas de Inteligência e de segurança, o maior contingente utilizado para uma posse, segundo a PF. 
O Ministério da Justiça também autorizou o uso da Força Nacional para conter possíveis situações que violem a lei e a ordem.
A equipe do presidente eleito espera 300 mil pessoas e está confirmada a participação de 56 delegações internacionais, incluindo cerca de 15 chefes de Estado e de Governo.
Por questões de segurança, as principais vias de acesso à Esplanada dos Ministérios serão fechadas, assim como a artéria que dá acesso à Praça dos Três Poderes. 
Pelo mesmo motivo, as autoridades limitaram a 30 mil o número de pessoas que poderão acompanhar o discurso de Lula no parlatório do Palácio do Planalto. Os demais militantes poderão assistir ao ato em telões, e todos terão de passar por controles policiais ao ingressar na Esplanada dos Ministérios.
O aeroporto internacional de Brasília também terá esquema de segurança reforçado. Espera-se a chegada de 150 mil pessoas entre esta sexta-feira, 30, e a próxima segunda-feira, 2.
O ministro Alexandre de Moraes, juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o porte de armas para diversas categorias de civis em Brasília até 2 de janeiro.
A medida atinge caçadores, atiradores e colecionadores de armas (CACs), grupos que cresceram exponencialmente nos últimos anos, favorecidos pela flexibilização do porte promovida por Bolsonaro. O juiz baseou sua decisão na ação de "grupos extremistas" que vêm atacando "o Estado Democrático de Direito".
O Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula distribuiu aos militantes um panfleto com 14 recomendações de segurança para a cerimônia, incluindo "sempre andar em grupo" e, se estiver sozinho, "não portar objetos que identifiquem sua posição política". Também orienta a "não responder a provocações físicas, ou verbais".
 
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