Publicado 30/12/2022 14:53
Brasília - O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), confirmou a viagem com destino a Orlando, nos Estados Unidos. A decolagem rumo à terra da Disney aconteceu na tarde desta sexta-feira, 30, precisamente, às 13h45 de sexta-feira, conforme plano de voo na aeronave presidencial. A previsão é que o presidente passe ao menos janeiro hospedado em um condomínio-resort fechado.
A viagem antes da posse do presidente eleito e diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi premeditada. Além de evitar críticas de apoiadores ao passar a faixa ao adversário que o derrotou nas eleições, o chefe do Executivo foi aconselhado por advogados a deixar o país antes do dia 1º de janeiro de 2023, quando perde o foro privilegiado, como revelou a jornalista Natuza Neri.
O Airbus VC-1 da Força Aérea Brasileira deve pousar na noite desta sexta-feira, no Aeroporto Internacional de Orlando, após voo direto. Na quarta-feira, 28, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) confirmou o destacamento de uma equipe do Palácio do Planalto, de apoio e segurança, para acompanhar Bolsonaro e família durante a estadia na Flórida.
Oficialmente, a Presidência da República não se manifestou sobre a viagem. No entanto, a Secretaria Geral da Presidência publicou no Diário Oficial da União (DOU) a autorização para afastamento de "assessores de ex-presidente" indicados por Bolsonaro. São eles: Sérgio Rocha Cordeiro, Marcelo da Costa Câmara, Max Guilherme Machado de Moura, Osmar Crivelatti e Ricardo Dias dos Santos.
Antes do embarque, Bolsonaro fez um breve balanço de seu mandato numa live. Na 'saideira', condenou a tentativa de atentado terrorista à bomba planejado pelo bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54. Preso, ele é acusado de deixar um explosivo na manhã do sábado, 24, na Estrada Parque Aeroporto, próximo do Aeroporto Internacional de Brasília.
Antes do embarque, Bolsonaro fez um breve balanço de seu mandato numa live. Na 'saideira', condenou a tentativa de atentado terrorista à bomba planejado pelo bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54. Preso, ele é acusado de deixar um explosivo na manhã do sábado, 24, na Estrada Parque Aeroporto, próximo do Aeroporto Internacional de Brasília.
Após a escalada dos atos antidemocráticos, a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal deflagraram, na quinta-feira, 29, uma operação contra suspeitos de participarem de uma tentativa de invasão à sede da Polícia Federal e atos de vandalismo em Brasília, em 12 de dezembro.
Bolsonaro negou que tenha incentivado as manifestações golpistas na frente dos quartéis generais do Exército ao redor do país, mas citou a "falta de liberdade" no país. Emocionado, reconheceu que foi muito difícil ficar praticamente dois meses calado, após a derrota para Lula e que buscou "dentro das quatro linhas" alternativas para mudar o resultado das urnas, uma referência ao pedido de seu partido, o Partido Liberal (PL), de anular as eleições.
A legenda, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi multado em R$ 22,9 milhões por atuação irregular na Justiça, pois não apresentou provas para justificar o pedido.
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