Publicado 12/01/2023 13:08
Brasília - O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo federal já possui informações sobre quem financiou os atos golpistas ocorridos em Brasília no último domingo, dia 8. "Ministério da Justiça tem dados de quem financiava ônibus, quem financiava acampamento, deslocamento. Temos dados de quem estava nos hotéis, ônibus, um processo de apuração firme das pessoas que estão detidas", afirmou o ministro em entrevista à CNN Brasil na manhã desta quinta-feira.
Questionado sobre uma possível extensão do prazo da intervenção federal na segurança do DF, que termina no dia 31 de janeiro, Padilha afirmou que o debate sobre o assunto é "muito precoce". "Presidente Lula foi muito preciso, cirúrgico (ao decretar intervenção). O interventor está tendo trabalho muito intenso, grande colaboração com a governadora Celina (Leão). À evolução dos passos, vai poder ver-se se é necessário algum tipo de prorrogação", pontuou.
Padilha classificou o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) como "grande responsável" pelo ocorrido no domingo e disse que seu pedido de desculpas é "a maior prova que ele reconhece sua responsabilidade".
O ministro defendeu ainda ver "espírito" no Congresso Nacional para punição de envolvidos nos atos antidemocráticos. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já confirmou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em fevereiro para investigar a tentativa de golpe. A Comissão de Ética da Casa também deve abrir processos para apurar a conduta de parlamentares em exercício que incitaram ou participaram dos atos.
"Cabe ao Congresso poder discutir instrumentos de apuração de fatos gravíssimos que aconteceram no Brasil. Quem tiver relação provada com esse crime contra o estado democrático de direito tem que ser veementemente punido. Eu sinto esse espírito também no Congresso Nacional, nos governadores de todo o País."
Prioridades no Congresso
As prioridades do novo governo no Congresso Nacional se dividem entre uma agenda de políticas sociais e de projetos que podem melhor o ambiente para investimentos no País, segundo Padilha. Na agenda econômica, a gestão Lula quer aprovar a reforma tributária e um novo marco fiscal.
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