Atos antidemocráticos aconteceram no domingo, 8AFP
Publicado 16/01/2023 14:54
Brasília duplicará a presença policial para reforçar de maneira permanente a segurança das sedes dos Três Poderes, invadidas em 8 de janeiro, informou o governo do Distrito Federal nesta segunda-feira (16).
Celina Leão, governadora em exercício do Distrito Federal, disse que passará "de forma imediata" de 240 para 500 os policiais militares nos arredores da Esplanada dos Ministérios e das sedes dos Três Poderes, vandalizados uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Para que a gente tenha o máximo possível de tranquilidade e termos uma segurança firme", comentou Leão em coletiva de imprensa junto com o presidente da Câmara Arthur Lira e o interventor de Segurança Pública no Distrito Federal Ricardo Cappelli.
A vice Celina Leão assumiu o governo do Distrito Federal depois que o governador Ibaneis Rocha foi afastado enquanto são investigadas as falhas na segurança do coração político da capital.
A segurança do Distrito Federal está sob controle do Executivo federal por decreto presidencial desde 8 de janeiro, quando apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.
Mais de 2.000 pessoas foram detidas e os investigadores tentam descobrir quem financiou e ordenou o ataque, apertando o cerco no entorno de Bolsonaro.
O ex-presidente, nos Estados Unidos desde antes do fim de seu mandato, nega conexão com o ataque, mas é suspeito de ser um de seus instigadores.
Nesta segunda-feira, a Polícia Federal informou que lançou uma operação para prender três suspeitos de financiar e organizar os atos de vandalismo, o bloqueio de rodovias e manifestações antidemocráticas em frente a instalações militares.
Cappelli disse nesta segunda que as investigações tentam determinar se havia "profissionais" entre os invasores. "Existiam homens no capo de batalha com conhecimento do terreno, com conhecimento de táticas de combate, com características profissionais que estavam no meio dos manifestantes", disse o interventor citando um militar ferido no ataque.
Cappelli indicou que 44 policiais militares foram feridos enquanto defendiam as sedes saqueadas, onde móveis e obras de arte foram danificados e roubados durante a invasão.

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