Zema diz que governo fez 'vista grossa' para assumir papel de 'vítima' em atos golpistas

Aliado de Bolsonaro, governador de Minas Gerais alimenta a ambição de disputar a corrida ao Planalto em 2026

Aliado de Bolsonaro, Romeu Zema diz 'parecer que houve erro da direita radical' nos atos golpistas em BrasíliaAlan Santos/PR
Publicado 16/01/2023 17:37
Belo Horizonte - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) afirmou nesta segunda-feira, 16, que governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ter se feito de "vítima" ao fazer "vista grossa" para os atos golpistas de vandalismo que depredaram a Praça dos Três Poderes no domingo do dia 8 de janeiro.

"Parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizessem de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão dizer se foi isso", disse Zema em entrevista à 'Rádio Gaúcha'.

Aliado de Jair Bolsonaro (PL), Zema se manteve 'em cima do muro' no primeiro turno das eleições presidenciais e só abraçou a campanha de reeleição do ex-presidente da República no segundo turno. O governador, que se reelegeu no primeiro turno, com 56,18% dos votos, não conseguiu garantir o mesmo desempenho para Bolsonaro no estado. Lula recebeu 50,2% contra 49,8% do adversário.
Zema, que tem planos políticos de concorrer ao Planalto em 2026, criticou ainda a detenção dos golpistas que estavam "se manifestando de forma ordeira", ignorando a invasão à Praça dos Três Poderes.

"Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo. Que se puna essas pessoas que fizeram o vandalismo. Agora, estender isso a esses que estão se manifestando de forma ordeira, é uma situação muito distinta", opinou Zema.

Romeu Zema também não aprovou de afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Para ele, foi uma decisão "prematura, desnecessária e injusta".

O emedebista foi afastado por 90 dias do governo do Distrito Federal por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Para o magistrado, Ibaneis Rocha foi omisso e conivente com os atos em Brasília.

Rocha prestou depoimento à Polícia Federal na última sexta-feira, 13, e negou "qualquer tipo de conivência" com os atos golpistas. Ele negou omissão e disse não ter conhecimento da possibilidade de ações extremistas. O governador afastado disse ainda que os órgãos de segurança do DF haviam sido preparados para agir integrados e que, como gestor, não participou das reuniões.

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Aliado de Bolsonaro, governador de Minas Gerais alimenta a ambição de disputar a corrida ao Planalto em 2026

Aliado de Bolsonaro, Romeu Zema diz 'parecer que houve erro da direita radical' nos atos golpistas em BrasíliaAlan Santos/PR
Publicado 16/01/2023 17:37
Belo Horizonte - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) afirmou nesta segunda-feira, 16, que governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ter se feito de "vítima" ao fazer "vista grossa" para os atos golpistas de vandalismo que depredaram a Praça dos Três Poderes no domingo do dia 8 de janeiro.

"Parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizessem de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão dizer se foi isso", disse Zema em entrevista à 'Rádio Gaúcha'.

Aliado de Jair Bolsonaro (PL), Zema se manteve 'em cima do muro' no primeiro turno das eleições presidenciais e só abraçou a campanha de reeleição do ex-presidente da República no segundo turno. O governador, que se reelegeu no primeiro turno, com 56,18% dos votos, não conseguiu garantir o mesmo desempenho para Bolsonaro no estado. Lula recebeu 50,2% contra 49,8% do adversário.
Zema, que tem planos políticos de concorrer ao Planalto em 2026, criticou ainda a detenção dos golpistas que estavam "se manifestando de forma ordeira", ignorando a invasão à Praça dos Três Poderes.

"Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo. Que se puna essas pessoas que fizeram o vandalismo. Agora, estender isso a esses que estão se manifestando de forma ordeira, é uma situação muito distinta", opinou Zema.

Romeu Zema também não aprovou de afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Para ele, foi uma decisão "prematura, desnecessária e injusta".

O emedebista foi afastado por 90 dias do governo do Distrito Federal por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Para o magistrado, Ibaneis Rocha foi omisso e conivente com os atos em Brasília.

Rocha prestou depoimento à Polícia Federal na última sexta-feira, 13, e negou "qualquer tipo de conivência" com os atos golpistas. Ele negou omissão e disse não ter conhecimento da possibilidade de ações extremistas. O governador afastado disse ainda que os órgãos de segurança do DF haviam sido preparados para agir integrados e que, como gestor, não participou das reuniões.

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