Suspeitos de financiar ato terrorista têm carros de luxo bloqueadosSergio Lima / AFP
Publicado 18/01/2023 16:25
A Justiça Federal ordenou o bloqueio imediato de bens de 52 pessoas e sete empresas suspeitas de financiar e incentivar o ato terrorista de 8 de janeiro em Brasília. O pedido foi feito pela AGU (Advocacia-Geral da União). Os empresários tiveram carros de luxo e ônibus de turismo bloqueados.
De acordo com documentos obtidos pelo jornalista Valdo Cruz, do Portal G1, a Justiça determinou que o empresário Ademir Luis Graeff tivesse uma Mercedes Benz de luxo, modelo GLA 250, bloqueada. O automóvel servirá como garantia para que os prejuízos causados pelos vândalos do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal sejam pagos.
Todos os acusados terão a chance de apresentarem suas defesas. Caso consigam comprovar que não tiveram qualquer ligação com a manifestação golpista, os bens serão desbloqueados.

As ações da Justiça
Nesta quarta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), começou a analisar 1.459 audiências de custódia das pessoas que foram presas nos atos terroristas.

Até o momento, o magistrado já proferiu em 200 casos: ele converteu 140 prisões em flagrante para prisões preventivas (sem prazo definido) e liberou outros 60 com medidas cautelares, como a tornozeleira eletrônica.
Segundo o gabinete do ministro, a expectativa é que todos os casos sejam apreciados até sexta-feira (20). As decisões serão encaminhadas ao diretor do Presídio da Papuda e ao diretor-geral da Polícia Federal. Além disso, o ministro determinou que a Procuradoria Geral da República (PGR), a Defensoria Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sejam intimadas para pleno conhecimento das decisões por ele tomadas.

Os 60 presos em liberdade provisória são pessoas que Moraes considera fortes provas de participação nos pessoas nos crimes atribuídos a elas, entretanto, ainda não foram juntadas provas de prática de violência, invasão dos prédios e depredação do patrimônio público contra elas.
Além da tornozeleira eletrônica, os detidos terão que obedecer a uma série de restrições, como suspensão imediata de qualquer documento de porte de arma de fogo, proibição do uso de redes sociais e de comunicação com outros envolvidos e entrega de passaportes.
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