Publicado 19/01/2023 18:43
O Itamaraty anunciou nesta quinta-feira, 19, a chegada da missão diplomática brasileira a Caracas para reabrir a Embaixada do Brasil na Venezuela. Liderada pelo diplomata Flávio Macieira, a missão deve avaliar as condições dos imóveis e tomar as primeiras providências para o funcionamento da representação brasileira.
Em nota, a pasta afirma que a missão reflete a decisão do governo brasileiro de normalizar as relações bilaterais entre Brasil e Venezuela para retomar uma agenda entre os dois países. "O diálogo com a Venezuela, país com o qual o Brasil compartilha laços históricos de amizade e de cooperação, além de extensa fronteira, é fundamental não apenas para o adequado seguimento da pauta bilateral, mas também para a revitalização da integração regional", diz o comunicado.
A missão diplomática também tem o objetivo de verificar as medidas necessárias para o restabelecimento do atendimento consular à comunidade brasileira na Venezuela.
O chefe da missão, Flávio Macieira, foi embaixador na Noruega, na Nicarágua e no Panamá. Em Caracas, ele terá a missão de reativar a embaixada e o consulado-geral, que funcionam no mesmo prédio, e a residência do embaixador. Todos são bens da União. A equipe do Itamaraty liderada por ele terá de abrir a contratação de funcionários locais.
Na chegada a Caracas, o ex-embaixador se encontrou com o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Rander Peña Ramírez, enviado pelo presidente Nicolás Maduro. No Twitter, o ministro venezuelano celebrou o encontro. "Nossos países avançam firmemente na normalização das relações bilaterais", declarou.
A volta das relações entre os dois países já havia sido anunciada pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e encerra anos do afastamento entre Jair Bolsonaro e Maduro. A embaixada em Caracas foi fechada em 2020 pelo ex-chanceler Ernesto Araújo
No dia 15, a embaixada do governo Maduro passou a funcionar em Brasília como única representação diplomática da Venezuela depois de o movimento de oposição venezuelana, liderado por Juan Guaidó, fechar sua representação no país a partir da chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência.
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