As equipes do SUS e da Força Nacional atendem cerca de 700 pacientesArquivo Pessoal/Júnior Hekurari
Publicado 25/01/2023 15:59 | Atualizado 25/01/2023 16:02
BOA VISTA (RR) - A Casa Yanomami, em Boa Vista, se transformou em hospital improvisado e superlotado, com volume excessivo de casos graves e emergenciais de indígenas yanomamis de todas as idades. As equipes do SUS da Força Nacional enfrentam casos de pneumonia, diarreia e insuficiência respiratória em crianças, potencializados por desnutrição. Cerca de 700 indígenas são atendidos no local que tem capacidade 200 atendimentos.
Além dos pacientes, são atendidos os acompanhantes dos indígenas, que apresentam sintomas de desnutrição.

O apagão na saúde indígena acontece justamente com o estímulo ao garimpo ilegal no território pelos integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) . Cerca de 20 mil garimpeiros invasores atuam na região, que ficou cerca de quatro anos sem atendimento médico governamental.

Nos últimos dois anos, 44 mil casos de malária foram registrados na terra yanomami, que tem uma população de 28 mil indígenas. O não fornecimento dos vermífugos, por exemplo, prejudicou a saúde de de 10 mil crianças yanomamis.
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