Publicado 31/01/2023 11:47
Brasília - A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou, na segunda-feira, 30, à Procuradoria-Geral da República o pedido de abertura de um inquérito para investigar o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, por suspeita de prática de crime de supressão de documento.
O requerimento foi apresentado pelo senador Fabiano Contarato, líder do PT na Casa. O pedido de investigação junto ao STF ocorre após o Valdemar admitir, em entrevista ao 'Globo', que minutas com teor golpista como a encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres circulavam entre assessores do então presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
A Petição 10.949 faz referência a uma "possível prática de crime" previsto no Artigo 305 do Código Penal. O artigo prevê reclusão de até seis anos, além de multa, àquele que "destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor".
Na petição assinada por Rosa Weber, é também requerida à PGR "a realização de diligência pela Polícia Federal, para que seja tomado depoimento do representado [Valdemar Costa Neto]". As declarações do presidente do PL complicam a situação de Bolsonaro e de Torres. O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF tem depoimento marcado na Polícia Federal na quinta-feira, 2, para esclarecer questionamentos sobre a omissão na segurança do Distrito Federal durante os atos de terrorismo protagonizados na Esplanada dos Ministérios, no último dia 8 de janeiro, além da origem da minuta golpista encontrada em sua casa.
Na petição assinada por Rosa Weber, é também requerida à PGR "a realização de diligência pela Polícia Federal, para que seja tomado depoimento do representado [Valdemar Costa Neto]". As declarações do presidente do PL complicam a situação de Bolsonaro e de Torres. O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF tem depoimento marcado na Polícia Federal na quinta-feira, 2, para esclarecer questionamentos sobre a omissão na segurança do Distrito Federal durante os atos de terrorismo protagonizados na Esplanada dos Ministérios, no último dia 8 de janeiro, além da origem da minuta golpista encontrada em sua casa.
De férias em Orlando, Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que iniciou a mudança de status para o visto de turismo e não tem previsão de volta para o Brasil, é alvo de uma série de investigações, entre elas uma por incitação aos atos golpistas que depredaram a Praça dos Três Poderes.
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