MP se posiciona contra prisão preventiva de aluna acusada de desviar dinheiro da formatura

O Ministério Público de São Paulo se colocou contra a prisão preventiva de Alicia Dudy Muller Veiga, estudante de medicina da USP que desviou R$ 937 mil que seriam usados para a festa de formatura da turma. O posicionamento contrário à detenção da universitária foi decidido pelo promotor de Justiça Fabiano Pavan Severiano, nesta terça-feira, 31. Ele solicitou ainda que o caso seja devolvido à Polícia Civil, e que a corporação apresente prejuízos individuais de cada estudante que tenha sido lesado.

Isso porque os delegados do 16º Departamento de Polícia tinham indicado que ela cometeu o crime de apropriação indébita, quando, de acordo com MP, ela deve ser acusada pelo crime de estelionato. "Diferentemente do que ocorre em relação à apropriação indébita, no estelionato a lei exige representação criminal dos ofendidos para oferecimento de denúncia contra a autora dos fatos”, pontuou o Ministério Público em comunicado.

A Polícia Civil de São Paulo, que investiga o caso, pediu à Justiça a prisão preventiva da presidente da comissão de formatura da 106ª turma da Faculdade de Medicina da USP. Na sexta-feira, 27, a corporação concluiu que Alicia Müller é culpada e agiu sozinha. Ela ainda é indiciada por ter cometido nove vezes o crime de apropriação indébita e concurso material. O caso foi encerrado e o inquérito enviado ao Ministério Público.

Em nota, a SSP informou que “ o caso foi investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo 16º Distrito Policial (Vila Clementino). O procedimento foi relatado ao Poder Judiciário na última sexta-feira (27) com o indiciamento da autora por nove apropriações em concurso material. A autoridade policial representou pela prisão preventiva da autora, que está sob análise da Justiça”.