Filha do ex-parlamentar foi eleita como deputada federal pelo estado do Rio de JaneiroRedes sociais/Reprodução
Publicado 01/02/2023 16:13
Brasília - O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB) retornou à Casa nesta quarta-feira, 1°, para assistir a posse da filha Dani Cunha (União Brasil). A herdeira do ex-parlamentar foi eleita no ano passado deputada federal pelo estado do Rio de Janeiro.

Cunha conversou com antigos colegas, caminhou pelos corredores da Câmara, cumprimentou funcionários e assistiu de dentro do plenário principal o começo dos trabalhos da Casa de Leis.

O ex-deputado recebeu autorização para estar no plenário principal porque usou o broche de parlamentar. O objeto fica com os políticos mesmo depois deles perderem o mandato.

Eduardo Cunha nasceu no Rio de Janeiro, mas transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo. O plano dele era ser eleito pelo estado paulista, não dividindo eleitor com a filha no Rio de Janeiro. Ele não conseguiu vencer, enquanto Dani recebeu 75.810 votos, consagrando-se vitoriosa.
Eduardo Cunha e o antipetismo
Em 2015, Cunha foi eleito presidente da Câmara mesmo sem o apoio do PT. Ele se colocou como oposição à ex-presidente Dilma Rousseff, mas segurou durante alguns meses a abertura de processo de impeachment.

Só que Cunha passou as chamadas “pautas-bombas”, que não eram do interesse do então governo federal. A relação piorou e o ex-presidente da Casa colocou o processo em votação, o que levou o afastamento de Dilma do cargo e a entrada de Michel Temer (MDB-SP) no poder em 2016.
Queda
Só que o poder de Cunha ruiu rapidamente. Em 2016, ele foi cassado pela Câmara depois de ser acusado de uma série de denúncias. Ele foi indiciado e condenado por crimes de corrupção-passiva e lavagem de dinheiro.

Após seis anos preso, suas sentenças foram anuladas pela Justiça. O TRF-1 apontou que os processos que condenaram o ex-deputado estavam viciados.
Tentativa de retorno
Com os processos anulados, Cunha recuperou seus direitos políticos e concorreu ao cargo de deputado federal. Ele afirmou que seria um antipetista na Câmara e defendeu a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).

Derrotado, sobrou ao ex-parlamentar apenas motivos para comemorar a vitória da filha.
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