Publicado 03/02/2023 21:30
São Paulo - Um fisioterapeuta é acusado de abusar sexualmente de pacientes que estavam internadas em hospitais de São Paulo. O caso mais recente se refere a uma suspeita de estupro cometido por Nicanor dos Santos Modesto Júnior, de 46 anos, contra uma mulher de 28 anos no dia 23, em um hospital da capital paulista.
Antes disso, outro boletim de ocorrência contra o profissional foi aberto em delegacia de polícia de Guarulhos, na Grande São Paulo, em fevereiro de 2022.
O caso mais recente teria sido cometido pelo fisioterapeuta no Hospital São Luiz, no Jabaquara, zona sul. O profissional teria colocado a mão em sua parte íntima, alegando que era uma técnica para aliviar dores musculares. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso está sendo investigado, sob sigilo, por meio de inquérito policial da 2.ª Delegacia de Defesa da Mulher. O suspeito foi intimado para prestar depoimento nos próximos dias. "Detalhes serão preservados em função da natureza da ocorrência’, diz.
Em nota, o Hospital São Luiz afirma que o profissional em questão foi afastado de suas atividades no mesmo dia, assim que a denúncia foi recebida.
"Esclarecemos que ele era funcionário de uma empresa de fisioterapia terceirizada e prestava serviços na unidade", afirma a nota. A sindicância interna continua em andamento e a cooperação com as autoridades é total, de acordo com a rede médica. O hospital diz ainda que repudia qualquer violência sexual.
Por sua vez, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3.ª Região (Crefito-3) afirma que tomou conhecimento da denúncia em questão e a levou de forma urgente para o conhecimento da diretoria da autarquia, que se reuniu no dia 30, determinando a abertura de processo ético contra o profissional. O conselho também diz ter efetuado "diligências no local denunciado e está acompanhando toda a situação".
O primeiro caso envolvendo o fisioterapeuta teria ocorrido em outubro de 2021, quando o profissional trabalhava no Hospital Maternidade Jesus, José e Maria, em Guarulhos, na Grande São Paulo. De acordo com a SSP, o caso foi registrado no 1° DP de Guarulhos. "Foi investigado como importunação sexual e relatado em fevereiro de 2022. Houve o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público e os fatos estão aguardando o julgamento", disse em nota.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ofereceu a denúncia para a Justiça, que acatou. Os fatos estão aguardando o julgamento, de acordo com a SSP. Procurado, o MP-SP confirmou que a denúncia foi oferecida. O caso continua em segredo de Justiça.
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