Publicado 07/02/2023 12:41
O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), sugeriu a criação de programas sociais para garimpeiros que deixarem a Terra Indígena Yanomami no estado. A proposta foi apresentada em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta terça-feira, 7.
"Temos que criar mecanismos para que (os garimpeiros) possam sair. Uma das ações é o desbloqueio do espaço aéreo. Criar novas áreas de mineração em cooperativa de garimpeiros, fora de área de indígena, lógico", afirmou Denarium em entrevista após a audiência.
Segundo Denarium, cerca de 90 mil indígenas vivem em Roraima e aproximadamente 50 mil pessoas tiram a renda da atividade garimpeira em Roraima.
"Criar também programas sociais que possam atender essas pessoas, quando saírem da área em que estão trabalhando. Uma série de ações que são propostas para solucionar o problema dos garimpeiros em áreas indígenas", acrescentou o governador.
Após a reunião com o presidente do Senado, o gestor estadual afirmou que uma comissão externa de senadores será formada para realizar visitas ao estado e elaborar propostas efetivas para a saída de garimpeiros ilegais das terras Yanomami.
Crise humanitária
O povo da Terra Indígena Yanomami, considerada a maior do Brasil, sofre grave crise humanitária e sanitária. Dezenas de adultos, crianças e idosos foram diagnosticados com desnutrição grave e malária.
A situação precária dos indígenas se agravou muito a partir do avanço do garimpo ilegal. Um levantamento da Hutukara Associação Yanomami aponta que o garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou 5.053 hectares da Terra Indígena Yanomami. O estudo também estima que, com a atividade irregular, 20 mil garimpeiros estejam no local.
A Terra indígena Yanomami está em emergência de saúde desde o dia 20 de janeiro, conforme decisão do governo Lula. Inicialmente por 90 dias, órgãos federais auxiliarão no atendimento aos indígenas
O povo da Terra Indígena Yanomami, considerada a maior do Brasil, sofre grave crise humanitária e sanitária. Dezenas de adultos, crianças e idosos foram diagnosticados com desnutrição grave e malária.
A situação precária dos indígenas se agravou muito a partir do avanço do garimpo ilegal. Um levantamento da Hutukara Associação Yanomami aponta que o garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou 5.053 hectares da Terra Indígena Yanomami. O estudo também estima que, com a atividade irregular, 20 mil garimpeiros estejam no local.
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