Ministério da Saúde informou que até mesmo pacientes assintomáticos serão testados rápidos para maláriaFernando Frazão/Agência Brasil
Publicado 12/02/2023 14:24
Brasília - O Ministério da Saúde iniciou na sexta-feira, 10, a distribuição de seis mil testes rápidos para detecção de malária nas comunidades do território Yanomami, em situação de emergência nacional de saúde. A expectativa é que o número de exames seja usado durante dez dias de ações dos agentes de saúde, com a entrega de novos kits a partir do envio de novos profissionais da Força Nacional e do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os testes serão distribuídos inicialmente para seis áreas do território indígena: Auaris, Surucucu, Missão Catrimani, Maloca Paapiú, Kataroa e Waphuta. Os exames deverão ser usados em toda a população desses territórios durante a ação coordenada pelo MS. Mesmo pacientes assintomáticos serão testados.

O plano foi elaborado pelo Centro de Operações de Emergência (COE) Yanomami, devido à importância de se diagnosticar rapidamente os casos de contaminação na região que enfrenta uma crise humanitária, agravada pela invasão de garimpeiros ilegais na região amazônica de Roraima.

Em visita recente à Missão Catrimani, o chefe da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Ricardo Weibe Tapeba, destacou o engajamento das equipes de saúde. No entanto, a falta de materiais hospitalares apropriados, como lâminas para a realização dos testes, é mais um empecilho na árdua corrida contra o relógio. Devido a falta de estrutura para acesso, uma das comunidades não recebe visita de agentes de saúde há mais de um ano. 
"Em geral, o polo de saúde apresenta boas condições, mas é necessário intervenções na parte de logística. É uma preocupação, também, o cenário das comunidades próximas", observou. Segundo os profissionais do local", disse Weibe.
O secretário da Sesai detalha que as demandas são por telefone, internet para comunicação, infraestrutura, insumos e equipamentos. "As equipes são bem engajadas no território todo, mas relatam a falta de lâminas para os testes e monitoramento da malária, por exemplo. E a doença é uma grande demanda da região", pontuou.
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