CGU prepara derrubada do sigilo do cartão de vacinação de Bolsonaro

Expectativa é que documento seja divulgado nesta semana após pressão do Palácio do Planalto para a retirada do sigilo de documentos do ex-presidente

CGU prepara derrubada do sigilo do cartão de vacinação de BolsonaroAFP
Publicado 15/02/2023 20:40
A Controladoria-Geral da União (CGU) prepara a derrubada do sigilo do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento deve ser divulgado nesta sexta-feira, segundo informações de interlocutores do órgão. A informação foi obtida pelo portal Metrópoles e confirmada pelo iG.

Essa deve ser a primeira de uma sequência de sigilos que devem ser derrubados pela CGU. A expectativa é que 234 documentos analisados pela controladoria sejam divulgados nas próximas semanas.
A CGU também prepara a derrubada do sigilo sobre a sindicância instaurada no Exército contra o general Eduardo Pazuello, hoje deputado federal. Na época, o militar e ex-ministro da Saúde participou de eventos políticos, o que é vedado pelas Forças Armadas.

Os documentos foram analisados por uma comissão criada pelo ministro da controladoria, Vinicius Carvalho. Ao todo, 2,5 mil documentos com decreto de sigilo de 100 anos impostos por Bolsonaro. A comissão é um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que havia feito a promessa da divulgação das informações ainda na campanha eleitoral.
Dos 234 documentos que devem ser divulgados, a maioria (111) foram colocados sigilo para não afetar a Segurança Nacional. Outros 35 poderiam afetar a segurança do ex-presidente e 49 eram informações pessoais, como o caso da carteira de vacinação.

Já 39 documentos foram anexados em sigilo por atividades de inteligência ou outros gêneros não especificados.

O governo Bolsonaro recusou 64 mil pedidos de divulgação de documentos do governo pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI). Em coletiva, Carvalho criticou o número e disse que o ex-presidente instaurou um retrocesso na transparência dos dados públicos.
"Nos últimos anos nós testemunhamos alguns retrocessos importantes ligados a lei de acesso a informação e a toda uma política de transparência por parte do governo federal", disse.

"Todo esse processo levou a alteração e a mudança de precendestes que já estavam consolidadas no governo", concluiu.
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Expectativa é que documento seja divulgado nesta semana após pressão do Palácio do Planalto para a retirada do sigilo de documentos do ex-presidente

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Publicado 15/02/2023 20:40
A Controladoria-Geral da União (CGU) prepara a derrubada do sigilo do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento deve ser divulgado nesta sexta-feira, segundo informações de interlocutores do órgão. A informação foi obtida pelo portal Metrópoles e confirmada pelo iG.

Essa deve ser a primeira de uma sequência de sigilos que devem ser derrubados pela CGU. A expectativa é que 234 documentos analisados pela controladoria sejam divulgados nas próximas semanas.
A CGU também prepara a derrubada do sigilo sobre a sindicância instaurada no Exército contra o general Eduardo Pazuello, hoje deputado federal. Na época, o militar e ex-ministro da Saúde participou de eventos políticos, o que é vedado pelas Forças Armadas.

Os documentos foram analisados por uma comissão criada pelo ministro da controladoria, Vinicius Carvalho. Ao todo, 2,5 mil documentos com decreto de sigilo de 100 anos impostos por Bolsonaro. A comissão é um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que havia feito a promessa da divulgação das informações ainda na campanha eleitoral.
Dos 234 documentos que devem ser divulgados, a maioria (111) foram colocados sigilo para não afetar a Segurança Nacional. Outros 35 poderiam afetar a segurança do ex-presidente e 49 eram informações pessoais, como o caso da carteira de vacinação.

Já 39 documentos foram anexados em sigilo por atividades de inteligência ou outros gêneros não especificados.

O governo Bolsonaro recusou 64 mil pedidos de divulgação de documentos do governo pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI). Em coletiva, Carvalho criticou o número e disse que o ex-presidente instaurou um retrocesso na transparência dos dados públicos.
"Nos últimos anos nós testemunhamos alguns retrocessos importantes ligados a lei de acesso a informação e a toda uma política de transparência por parte do governo federal", disse.

"Todo esse processo levou a alteração e a mudança de precendestes que já estavam consolidadas no governo", concluiu.
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