Publicado 17/03/2023 08:03
Duas organizações criminosas rivais se aliaram para praticar ataques no Rio Grande do Norte, segundo informações do Ministério da Justiça e do governo do estado. As facções fizeram uma trégua temporária para causar terror e cometer crimes na região.
Nesta quinta-feira (16),o Rio Grande do Norte teve seu terceiro dia sob ataques. Cerca de 40 cidades do estado já sofreram atentados criminosos. Bandidos queimaram e atiraram em comércios, prédios públicos, veículos e bases da Polícia Militar. Mesmo com a chegada de 100 homens da Força Nacional, os bandidos seguem agindo.
Segundo o governo federal, facções se uniram porque não aceitaram a transferência de chefes do Sindicato do Crime – principal organização criminosa do Rio Grande do Norte – para fora do estado, em janeiro deste ano. O governo já se preparava para uma possível retaliação.
O PCC (Primeiro Comando da Capital) tem brigado com o Sindicato do Crime para comandar as rotas internacionais de cocaína para a Europa a partir do estado nordestino. A organização, que surgiu em presídios de São Paulo, encontrou uma oportunidade de reivindicar melhorias nas condições dos presídios.
Familiares se reuniram e fecharam rodovias como forma de protesto para que as demandas do PCC fossem atendidas. A governadora Fátima Bezerra relatou que iria pedir uma investigação para saber se os presos estavam recebendo comida estragada e sofrendo torturas.
Facções se juntaram após anos de rompimento
O PCC e o Sindicato do Crime romperam em 2017 após se enfrentarem dentro do Presídio Estadual de Alcaçuz. Na época, 27 pessoas foram assassinadas. O episódio é considerado o maior e mais violento da história do Rio Grande do Norte.
O PCC e o Sindicato do Crime romperam em 2017 após se enfrentarem dentro do Presídio Estadual de Alcaçuz. Na época, 27 pessoas foram assassinadas. O episódio é considerado o maior e mais violento da história do Rio Grande do Norte.
A relação entre as duas facções era muito diferente antes do confronto. De 2012, quando nasceu o Sindicato do Crime, até 2016, as organizações dialogavam e tinham acordos para que não ocorressem guerras entre elas.
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