Publicado 18/03/2023 12:03
A campanha contra a gripe é o carro-chefe do mercado privado de vacinação. Clínicas de todo o país já começam a se preparar para este ano, contando com a chegada, em abril, da primeira vacina de alta proteção, a Efluelda, que oferecerá mais defesas ao público de mais de 60 anos do que os imunizantes contra a gripe já disponíveis.
A nova vacina também é quadrivalente e protege contra duas cepas de Influenza B e duas do Influenza A, apresentando quatro vezes mais antígenos, com diferencial de gerar maior estímulo ao sistema imunológico. O imunizante foi aprovado pela primeira vez em formulação trivalente nos Estados Unidos, em 2009.
Fabiana Funk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), destaca que, historicamente, o mercado privado recebe os lançamentos das indústrias no Brasil. “Ficamos extremamente felizes em poder oferecer mais uma opção de imunizante para nossos pacientes. A gripe é conhecidamente uma doença que causa muitos problemas quando vem de uma forma mais grave e só conseguimos evitar isso a partir da prevenção pela vacina.”
A gripe pode causar consequências graves e imprevisíveis, e esse processo é ainda mais agravado na população com 60 anos ou mais, pois com o envelhecimento, o sistema imune passa por um processo natural de enfraquecimento, chamado imunossenescência.
Como resultado desse declínio progressivo do sistema imunológico, o organismo fica mais suscetível a algumas doenças e infecções e pode também ocorrer diminuição da resposta vacinal. Como exemplo, um estudo demonstrou que idosos permaneceram com maior risco de AVC até dois meses após uma infecção pelo vírus influenza, o vírus da gripe. Além disso, pessoas com mais de 65 anos representam 9 em 10 óbitos e 63% das hospitalizações relacionadas à doença.
Comprovadamente, a nova vacina tem proteção 24% superior contra a infecção por gripe em idosos, quando comparada com a vacina de dose padrão. Além disso, contribuiu para a redução de complicações decorrentes da doença, como diminuição de 27% de hospitalizações por pneumonia e de 18% nas internações por eventos cardiorrespiratórios.
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