Publicado 19/03/2023 18:42
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) defendeu o uso de software de espionagem de celulares pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo o parlamentar, a espionagem faz parte das atribuições da agência.
O ex-presidente da República ainda foi questionado sobre o uso do sistema para espionar adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele chamou o caso de especulação e disse que qualquer ação nociva ao Estado brasileiro deve ser fiscalizada.
O ex-presidente da República ainda foi questionado sobre o uso do sistema para espionar adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele chamou o caso de especulação e disse que qualquer ação nociva ao Estado brasileiro deve ser fiscalizada.
“A Abin deve monitorar qualquer elemento nocivo ao estado brasileiro. O monitoramento de adversários, até o momento, a meu ver, é mera especulação”, afirmou ao jornal O Globo.
Segundo as denúncias, a Abin utilizou um sistema secreto de espionagem com capacidade de monitoramento da localização de até 10 mil cidadãos em todo o território nacional, através apenas do número do celular da pessoa. Documentos e relatos de servidores sugerem que a utilização do sistema era feita sem qualquer protocolo ou registro oficial.
A ferramenta "FirstMile", pivô do caso, é geralmente utilizada por agências de serviço secreto ou de espionagem de guerra, ou política. O software foi adquirido em 2018, ainda no governo Michel Temer, por pouco mais de R$ 5 milhões.
O programa secreto dá aos investigadores o poder de apenas digitar o número de um contato telefônico para encontrar a localização do aparelho e acompanhar o último endereço do contato no mapa.
O questionamento do Planalto é que a Abin não tem autorização legal ou constitucional para acessar dados privados. Isso gerou questionamentos até mesmo entre membros do órgão. O caso está sendo investigado por uma comissão interna do órgão de inteligência.
Segundo as denúncias, a Abin utilizou um sistema secreto de espionagem com capacidade de monitoramento da localização de até 10 mil cidadãos em todo o território nacional, através apenas do número do celular da pessoa. Documentos e relatos de servidores sugerem que a utilização do sistema era feita sem qualquer protocolo ou registro oficial.
A ferramenta "FirstMile", pivô do caso, é geralmente utilizada por agências de serviço secreto ou de espionagem de guerra, ou política. O software foi adquirido em 2018, ainda no governo Michel Temer, por pouco mais de R$ 5 milhões.
O programa secreto dá aos investigadores o poder de apenas digitar o número de um contato telefônico para encontrar a localização do aparelho e acompanhar o último endereço do contato no mapa.
O questionamento do Planalto é que a Abin não tem autorização legal ou constitucional para acessar dados privados. Isso gerou questionamentos até mesmo entre membros do órgão. O caso está sendo investigado por uma comissão interna do órgão de inteligência.
Espionagem na Receita Federal
Mourão ainda foi questionado sobre a promoção do ex-chefe de Inteligência da Receita Federal, Ricardo Feitosa. Para o senador, a promoção foi “merecida” pelos serviços prestados por Feitosa.
“Para mim, a nomeação foi uma questão de mérito e desempenho, nada além disso”, disse ao jornal O Globo.
Segundo os documentos, Feitosa copiou dados do empresário Paulo Marinho e do ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gustavo Bebianno. Responsáveis pela campanha presidencial de Bolsonaro, em 2018, ambos tinham acabado de romper com o ex-presidente devido às disputas internas.
“Para mim, a nomeação foi uma questão de mérito e desempenho, nada além disso”, disse ao jornal O Globo.
Segundo os documentos, Feitosa copiou dados do empresário Paulo Marinho e do ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gustavo Bebianno. Responsáveis pela campanha presidencial de Bolsonaro, em 2018, ambos tinham acabado de romper com o ex-presidente devido às disputas internas.
Outro alvo de Feitosa foi Eduardo Gussem, ex-procurador-geral da Justiça do Rio de Janeiro. Gussem era o responsável pelo processo das “rachadinhas” envolvendo o filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro, quando ainda era deputado federal pelo Rio.
Os acessos aconteceram entre os dias 10 e 18 de julho de 2019. Foram acessadas as declarações do Imposto de Renda entre 2013 e 2019 dos políticos e do jurista.
A esposa de Paulo Marinho também foi alvo de buscas do ex-chefe de inteligência da Receita Federal. Feitosa procurou informações na base de dados de comércio exterior dos três opositores de Bolsonaro.
A defesa de Ricardo Feitosa nega ter vazado dados sigilosos ou ter cometido qualquer violação. Ele ainda disse ter atuado no “estrito cumprimento do dever legal”.
Os acessos aconteceram entre os dias 10 e 18 de julho de 2019. Foram acessadas as declarações do Imposto de Renda entre 2013 e 2019 dos políticos e do jurista.
A esposa de Paulo Marinho também foi alvo de buscas do ex-chefe de inteligência da Receita Federal. Feitosa procurou informações na base de dados de comércio exterior dos três opositores de Bolsonaro.
A defesa de Ricardo Feitosa nega ter vazado dados sigilosos ou ter cometido qualquer violação. Ele ainda disse ter atuado no “estrito cumprimento do dever legal”.
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