Lulista atirou e matou bolsonarista. Na foto, a vítima Valter Fernando da Silva, 36 anos, e o suspeito Edno de Abadia Borges, 60 anosDiulgação Polícia Civil
Publicado 21/03/2023 22:43 | Atualizado 21/03/2023 22:59
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Cuiabá - Edno de Abadia Borges, 60, se entregou nesta terça-feira (21) para a Polícia Civil de Mato Grosso. Apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele é suspeito de assassinar com ao menos dois tiros no abdômen o amigo Valter Fernando da Silva, eleitor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O acusado passará por audiência de custódia na quarta (22).
“O suspeito, acompanhado por seu advogado, se entregou e foi preso em vista que havíamos representado ao Poder Judiciário pela prisão preventiva, que foi deferida. Portanto, Edno de Abadia Borges se encontra detido”, revelou o delegado José Ramon Leite.
Segundo a corporação, Edno estaria conversando com a vítima sobre política.O dono da propriedade relatou que o assassinato aconteceu depois da discussão.
A principal testemunha do caso relatou que Valter foi atingido por dois tiros na região do abdômen. Depois que escutou os disparos, o proprietário do bar viu a vítima ensaguentada no chão e acionou uma equipe média, que confirmou o falecimento do bolsonarista.
A mãe de Valter contou aos policiais que o atirador e a vítima eram amigos. Ela só soube da morte do filho na madrugada desta segunda (20).
Borges fugiu após o episódio. Os policiais encontraram o carro do suspeito há 10 km da cena do crime. Duas pessoas foram detidas no local e revelaram que ajudaram Edno a fugir para uma cidade vizinha.
O caso é investigado como um crime qualificado por motivo fútil, que foi a divergência política ou ideológica. A Polícia Civil descartou que a motivação tenha sido político.
Intolerância na política
Não é a primeira vez que esse tipo de crime acontece. Em setembro do ano passado, Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, foi morto a facadas e machado por defender o presidente Lula. O autor do crime foi Rafael Silva de Oliveira, de 24, apoiador de Bolsonaro.
Outro caso que chocou o Brasil foi do militante petista, Marcelo Arruda, teve sua festa de aniversário invadida pelo agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador de Bolsonaro, e foi morto no local.
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