Publicado 22/03/2023 15:50
São Paulo - Patrik Uelinton Salomão, 42, conhecido como Forjado, é um dos alvos da operação deflagrada nesta quarta-feira, 22, pela Polícia Federal para prender integrantes do PCC investigados que planejavam a morte do senador Sergio Moro (União Brasil) e de outras autoridades. Dos nove presos até o momento, seis foram detidos na região de Campinas.
Forjado, é integrante do PCC e deixou a penitenciária federal de Brasília em fevereiro do ano passado, após cumprir pena. Hoje, ele é considerado foragido. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Forjado está abaixo apenas da liderança máxima da organização. Ele foi condenado a um total de 15 anos e dez meses de prisão e deixaria a prisão apenas 14 de setembro deste ano, mas a pena foi reduzida.
Policiais civis disseram ainda que sair da cadeia, Forjado foi morar em uma cobertura na capital de São Paulo. Após a mudança, ele começou a ser monitorado por agentes. Nesse intervalo, ele se mudou para o Paraná, voltou para São Paulo e agora é considerado foragido.
Na ação deflagrada nesta quarta, chamada de Operação Sequaz, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Sete mandados de prisão preventiva (três em Sumaré), e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos, entre eles, um no Guarujá e outro em Presidente Prudente.
Após a divulgação da ação policial, o senador Sergio Moro (União Brasil) afirmou, por meio de sua assessoria, que era um dos alvos dos criminosos.
"Sobre os planos de retaliação contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado", escreveu Moro.
Os criminosos pretendiam realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco unidades da federação.
Até o momento, foram confirmados mandados contra os seguintes suspeitos: Claudinei Gomes Carias, Franklin da Silva Correa, Herick da Silva Soares, Janeferson Aparecido Mariano, Patrick Uelinton Salomão, Valter Lima Nascimento, Reginaldo Oliveira de Sousa e Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan.
Lincoln Gakiya
Além do ex-juiz Sergio Moro, outro alvo da facção criminosa era o promotor Lincoln Gakiya, do
Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Presidente Prudente. Em 2019, o governo federal e de São Paulo transferiram Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais 21 integrantes do PCC para penitenciárias de segurança máxima do país. Na época Sérgio Moro ainda era ministro de Segurança Pública do governo Bolsonaro.
Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Presidente Prudente. Em 2019, o governo federal e de São Paulo transferiram Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais 21 integrantes do PCC para penitenciárias de segurança máxima do país. Na época Sérgio Moro ainda era ministro de Segurança Pública do governo Bolsonaro.
A transferência dos criminosos ocorreu após o Ministério Público descobrir um plano da facção para resgatar os principais líderes que estão presos na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior do estado de São Paulo.
O pedido para que os líderes do PCC fossem transferidos foi feito pelo promotor Lincoln Gakiya que, desde então, se tornou alvo de ameaças de morte.
Segundo a PF, os suspeitos pretendiam "realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro". Os agentes identificaram, ainda, que os ataques criminosos poderiam ocorrer de forma simultânea.
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