Publicado 23/03/2023 17:55
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Júlio Danilo Ferreira disse nesta quinta-feira (24) que o Exército não autorizou o desmonte do acampamento montado em frente ao Quartel-General.
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o delegado afirmou que a operação, com participação de policiais do DF, estava marcada para o dia 29 de dezembro de 2022, mas foi cancelada. De acordo com ele, os militares fariam a retirada por conta própria.
"Pediram para que a gente não utilizasse essa estrutura para poder realmente tirar, e que dali, o próprio Exército, por ser na área militar, por meios próprios - e aí já fazendo o próprio ajuste com aquele público que estava lá -, ia providenciar o desmonte do acampamento. A gente teve que recuar. Mais uma vez, eu disse ao senhor, qualquer tipo de atuação dentro daquela área militar, por ser área militar, nós tínhamos que atuar sempre em coordenação com eles", afirmou.
O ex-secretário relatou ter participado de diversas reuniões com o Comando Militar do Planalto para a desmobilização do acampamento e as ações eram suspensas. A pedido dos militares, o Governo do Distrito Federal forneceu apoio na organização do trânsito, limpeza, bombeiros e segurança nos arredores do local.
A Agência Brasil entrou em contato com o Exército sobre as declarações de Júlio Danilo e aguarda retorno.
Na semana passada, também em depoimento à CPI, o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, disse que o Exército dificultou a prisão dos golpistas envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
12 de dezembro
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o delegado afirmou que a operação, com participação de policiais do DF, estava marcada para o dia 29 de dezembro de 2022, mas foi cancelada. De acordo com ele, os militares fariam a retirada por conta própria.
"Pediram para que a gente não utilizasse essa estrutura para poder realmente tirar, e que dali, o próprio Exército, por ser na área militar, por meios próprios - e aí já fazendo o próprio ajuste com aquele público que estava lá -, ia providenciar o desmonte do acampamento. A gente teve que recuar. Mais uma vez, eu disse ao senhor, qualquer tipo de atuação dentro daquela área militar, por ser área militar, nós tínhamos que atuar sempre em coordenação com eles", afirmou.
O ex-secretário relatou ter participado de diversas reuniões com o Comando Militar do Planalto para a desmobilização do acampamento e as ações eram suspensas. A pedido dos militares, o Governo do Distrito Federal forneceu apoio na organização do trânsito, limpeza, bombeiros e segurança nos arredores do local.
A Agência Brasil entrou em contato com o Exército sobre as declarações de Júlio Danilo e aguarda retorno.
Na semana passada, também em depoimento à CPI, o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, disse que o Exército dificultou a prisão dos golpistas envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
12 de dezembro
Sobre a tentativa de invasão ao prédio da Polícia Federal, no dia 12 de janeiro, Ferreira afirmou que a maioria dos vândalos era de fora de Brasília e estava abrigada no acampamento.
Questionado sobre o fato de não ter ocorrido prisões naquele dia, o ex-secretário respondeu que “a primeira missão era restituir a ordem pública” e “dispersar” os vândalos.
Júlio Danilo ficou no comando da Secretaria de Segurança Pública do DF até a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 1º de janeiro. Ele foi substituído por Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro.
Convites
Questionado sobre o fato de não ter ocorrido prisões naquele dia, o ex-secretário respondeu que “a primeira missão era restituir a ordem pública” e “dispersar” os vândalos.
Júlio Danilo ficou no comando da Secretaria de Segurança Pública do DF até a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 1º de janeiro. Ele foi substituído por Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro.
Convites
A CPI aprovou convite para ouvir o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto, sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. Outro requerimento de convite aprovado é para oitiva do atual ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias. Os generais podem recusar os convites.
* Com informações de Gabriel Brum, da Rádio Nacional de Brasília, e da Agência de Notícias da CLDF
* Com informações de Gabriel Brum, da Rádio Nacional de Brasília, e da Agência de Notícias da CLDF
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