Publicado 31/03/2023 11:46 | Atualizado 31/03/2023 11:51
Hélio Rodrigues Ramaciotti, perito do Instituto de Criminalística (IC), foi condenado pela Justiça de São Paulo a três anos de prisão por falsa perícia e outras irregularidades no laudo sobre a queda do helicóptero em que estava o filho caçula do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), no ano de 2015.
Thomaz Alckmin e mais quatro pessoas morreram no acidente em Carapicuíba. Na época, Geraldo era o governador de São Paulo.
Segundo o Ministério Público, o perito fez diversas afirmações falsas no inquérito policial. Ele ainda poderá responder em liberdade, de acordo com a sentença.
A pena de prisão ainda foi transformada na prestação de serviços à comunidade e no pagamento de um salário mínimo (R$ 1.320) a uma entidade pública ou privada com destinação social.
O perito ainda perderá o cargo como servidor público.
Denúncia
Thomaz Alckmin e mais quatro pessoas morreram no acidente em Carapicuíba. Na época, Geraldo era o governador de São Paulo.
Segundo o Ministério Público, o perito fez diversas afirmações falsas no inquérito policial. Ele ainda poderá responder em liberdade, de acordo com a sentença.
A pena de prisão ainda foi transformada na prestação de serviços à comunidade e no pagamento de um salário mínimo (R$ 1.320) a uma entidade pública ou privada com destinação social.
O perito ainda perderá o cargo como servidor público.
Denúncia
Em março de 2018, a promotora Camila Moura e Silva à 1ª Vara Criminal de Carapicuíba, na Grande São Paulo, apresentou uma denúncia contra Hélio.
No documento, ela indica os erros do perito:
Segundo o perito, havia um painel de chaves do helicóptero que não estava danificado e tinha as chaves em posições adequadas, mas fotos na denúncia mostram que isso não é verdade;
O perito disse que o veículo tinha um certificado diferente ao que realmente tinha. "Dentro das hipóteses para a queda que estavam sendo abordadas naquele momento fazia toda a diferença atestar se a aeronave tinha certificado FAR 27 ou 29", diz a denúncia;
No laudo, Hélio diz que teve contato com uma aeronave que era a versão militar do helicóptero que se acidentou, entretanto, segundo a promotora, se tratava de versão de outro modelo;
De acordo com a promotora, ele utilizou dados de exames que não realizou, como análise de combustível e fluído hidráulico. "Comparando seu laudo com o da aeronáutica, percebeu-se que se tratava de cópia integral", disse Camila Moura.
Além do filho de Alckmin, as outras vítimas foram: o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, e os mecânicos, Paulo Henrique Moraes, de 42 anos, Erick Martinho, de 36, e Leandro Souza, de 34 anos.
No documento, ela indica os erros do perito:
Segundo o perito, havia um painel de chaves do helicóptero que não estava danificado e tinha as chaves em posições adequadas, mas fotos na denúncia mostram que isso não é verdade;
O perito disse que o veículo tinha um certificado diferente ao que realmente tinha. "Dentro das hipóteses para a queda que estavam sendo abordadas naquele momento fazia toda a diferença atestar se a aeronave tinha certificado FAR 27 ou 29", diz a denúncia;
No laudo, Hélio diz que teve contato com uma aeronave que era a versão militar do helicóptero que se acidentou, entretanto, segundo a promotora, se tratava de versão de outro modelo;
De acordo com a promotora, ele utilizou dados de exames que não realizou, como análise de combustível e fluído hidráulico. "Comparando seu laudo com o da aeronáutica, percebeu-se que se tratava de cópia integral", disse Camila Moura.
Além do filho de Alckmin, as outras vítimas foram: o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, e os mecânicos, Paulo Henrique Moraes, de 42 anos, Erick Martinho, de 36, e Leandro Souza, de 34 anos.
Leia mais