Publicado 31/03/2023 13:14
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta sexta-feira, 31, que a extrema-direita usa as redes sociais com o objetivo de "atacar a democracia". A fala do magistrado ocorreu em um seminário com o tema “O STF e a defesa da democracia”, organizado pela Fundação Fernando Henrique Cardoso.
O posicionamento do ministro aconteceu após comentar sobre os ataques golpistas e terroristas organizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), quando invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
Na visão de Moraes, as redes sociais foram usadas por extremistas de direita em várias partes do mundo para atacar a democracia.
“Não foi uma questão brasileira só. Tivemos no mundo todo uma captura pela extrema-direita das redes sociais com uma clara finalidade: o ataque à democracia, a quebra das regras democráticas”, analisou o ministro.
O ministro relatou que a extrema-direita soube enxergar nas redes sociais uma ferramenta para implementar suas idéias radicais e que essa percepção dos extremistas ocorreu a partir dos atos da primavera árabe. Depois disso, eles souberam pautar e dominar o ambiente virtual para tentar destruir a democracia.
"A extrema direita domina as redes. É impressionante a incapacidade do restante da sociedade em pelo menos equilibrar. Mas como se iniciou isso? Desacreditando a imprensa. 'Vamos atacar e desacreditar a imprensa'. A ideia foi 'vamos equiparar nossa notícia, a notícia fraudulenta, mentirosa, conhecida como fake news, vamos equiparar desinformação com informação'", comentou.
Na visão de Moraes, as redes sociais foram usadas por extremistas de direita em várias partes do mundo para atacar a democracia.
“Não foi uma questão brasileira só. Tivemos no mundo todo uma captura pela extrema-direita das redes sociais com uma clara finalidade: o ataque à democracia, a quebra das regras democráticas”, analisou o ministro.
O ministro relatou que a extrema-direita soube enxergar nas redes sociais uma ferramenta para implementar suas idéias radicais e que essa percepção dos extremistas ocorreu a partir dos atos da primavera árabe. Depois disso, eles souberam pautar e dominar o ambiente virtual para tentar destruir a democracia.
"A extrema direita domina as redes. É impressionante a incapacidade do restante da sociedade em pelo menos equilibrar. Mas como se iniciou isso? Desacreditando a imprensa. 'Vamos atacar e desacreditar a imprensa'. A ideia foi 'vamos equiparar nossa notícia, a notícia fraudulenta, mentirosa, conhecida como fake news, vamos equiparar desinformação com informação'", comentou.
Moraes detalha plano
Moraes detalhou que a extrema-direita tenta descredibilizar a imprensa para depois atacar políticos e membros do poder judiciário. Ele contou que informações sobre a rotina de ministros do STF foram divulgadas na web com o objetivo de estimular ataques.
"Nas redes sociais, havia endereço dos ministros, roteiro, horários, incentivando (a pessoa) a fingir que ia pedir autógrafo para esfaquear em aeroporto. Tudo isso por rede social, em grupos. Tinha a planta do STF para colocar bomba ali, bomba aqui. Ou seja, para amedrontar", revelou.
"Alguém que está nessa bolha acorda um dia e fala 'o STF precisa acabar, eu vou matar um ministro'. E todos que entendem de segurança sabem que o mais difícil de evitar é o lobo solitário", acrescentou.
"No momento em que o STF abaixasse a cabeça, como o STF poderia exigir que o juiz de 1ª instância enfrentasse os políticos locais? Se a cúpula do poder Judiciário não enfrenta, você não pode exigir que um juiz enfrente. E a queda do STF seria a queda do poder judiciário brasileiro e a queda do estado democrático de direito", concluiu.
"Nas redes sociais, havia endereço dos ministros, roteiro, horários, incentivando (a pessoa) a fingir que ia pedir autógrafo para esfaquear em aeroporto. Tudo isso por rede social, em grupos. Tinha a planta do STF para colocar bomba ali, bomba aqui. Ou seja, para amedrontar", revelou.
"Alguém que está nessa bolha acorda um dia e fala 'o STF precisa acabar, eu vou matar um ministro'. E todos que entendem de segurança sabem que o mais difícil de evitar é o lobo solitário", acrescentou.
"No momento em que o STF abaixasse a cabeça, como o STF poderia exigir que o juiz de 1ª instância enfrentasse os políticos locais? Se a cúpula do poder Judiciário não enfrenta, você não pode exigir que um juiz enfrente. E a queda do STF seria a queda do poder judiciário brasileiro e a queda do estado democrático de direito", concluiu.
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