Patrícia Linares foi vítima de etarismo por parte de três ex-colegas de faculdadeArquivo Pessoal
Publicado 02/04/2023 11:25
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Alvo de preconceito por sua idade por parte de suas colegas de sala na Unisagrado, faculdade privada de Bauru, no interior de São Paulo, Patrícia Linares anunciou que ganhou uma bolsa para estudar na Inglaterra.

Após a repercussão do caso, Patrícia chegou a recebeu flores e chocolates de presente dos colegas de classe. Na ocasião, ela tirou fotos com os alunos e publicou em seu perfil nas redes sociais.
Em um vídeo feito pela própria Patrícia, divulgado no TikTok pelo usuário Guilherme Gomes, ela conta que ganhou uma bolsa para estudar na Inglaterra.

“Eu acabei de ganhar uma bolsa de estudos na Inglaterra. Eu gostaria que vocês investissem na educação. Você que está pensando e não tem coragem, você que quer, é o seu sonho, mas você não quer por causa da idade. Então vamos fazer o seguinte? Idade não nos define, idade é só um número. Então vamos colocar o nosso sonho para correr porque a vida não espera. Então a gente tem que passar assim: brilhando, estudando, aprendendo e evoluindo”, disse Patrícia.

Relembre o caso
Três estudantes de uma universidade particular de Bauru (SP) viralizaram após gravarem um vídeo debochando de outra aluna pelo fato de ela ter "40 anos". Patrícia Linares, que está prestes a completar 45 anos, está no primeiro ano de biomedicina.
Na gravação, uma das alunas aparece fazendo o vídeo enquanto conversa com outras duas. "Gente, 40 anos não pode mais fazer faculdade. Eu tenho essa opinião", diz a universitária Bárbara Calixto no vídeo. As alunas Beatriz Pontes e Giovana Cassalatti também participam da gravação, dizendo que a estudante deveria estar aposentada e que não sabe usar o Google.

As três estudantes que debocharam de uma colega de curso por ela ter "mais de 40 anos", em uma universidade particular de Bauru, no interior de São Paulo, solicitaram a desistência da graduação após a repercussão do caso .
Segundo a Unisagrado, um processo disciplinar foi aberto para investigar a conduta das três alunas, porém, durante a ação, Giovana Cassalatti, Beatriz Pontes e Bárbara Calixto pediram para sair do curso de biomedicina.

Conforme a instituição de ensino nesta quinta-feira (16), com a decisão, "o processo perdeu o objeto e por isso foi finalizado".

Em uma nota publicada nas redes sociais, Giovana Cassalatti disse que está sendo alvo de ameaças de morte e agressão, e que tomará medidas jurídicas contra aqueles que a ofendem e a agridem. No comunicado, ela afirmou que jamais teve o objetivo de atentar contra a imagem da colega de turma e que o episódio não deve ser usado para oprimir ou ameaçar jovens.

O caso gerou indignação nas redes sociais e também entre os alunos da universidade. As estudantes podem responder judicialmente pelo episódio.
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