Anderson Torres, ex-ministro de Jair BolsonaroFabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Publicado 02/04/2023 13:26
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A Polícia Federal encontrou um "boletim de inteligência" que liga Anderson Torres, ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, a tentativas de intervir no processo eleitoral das regiões Norte e Nordeste — Principalmente nas áreas em que Luís Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil, estava com maior potencial de votos. A informação foi revelada pelo colunista Lauro Jardim neste domingo, 02. 
"Para os investigadores, o material serviu para que Anderson botasse de pé a tentativa de atrapalhar a chegada dos eleitores aos locais de votação nestas regiões, com a célebre operação feita pela PRF no dia 30 de outubro", revelou o jornalista em sua coluna no jornal 'O Globo'.
Segundo o colunista, o documento foi produzido em outubro pela então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar. Mais adiante a delegada foi movida para a Secretaria de Segurança do Distrito Federal para trabalhar ao lado de Torres. Ela inclusive tentou apagar o registro do seu celular, mas a PF conseguiu recuperar parte do material. 
Minuta do Golpe
Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal durante o quebra-quebra em Brasília, em 8 de janeiro, Anderson Torres precisou depor a Polícia Federal sobre supostamente 'facilitar' o acesso dos manifestantes aos prédios do Congresso, STF e Planalto. Posteriormente, ele foi afastado do cargo pelo governador Ibaneis Rocha.
No mês seguinte, a PF realizou uma operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro e encontrou um decreto para que o então presidente Jair Bolsonaro instaurasse estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). De acordo com o texto, o plano era tentar reverter o resultado das eleições e evitar o terceiro mandato de Lula. 
 
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