Publicado 02/04/2023 18:51 | Atualizado 02/04/2023 18:57
São Paulo - Médicos estão vendendo tratamento falso prometendo um "detox" vacinal para quem se imunizou contra a Covid-19. Entre os acusados de oferecerem esse tipo de oferta estão: o clínico geral Marcos Falcão, de Alagoas, que vende por R$ 470 consultas virtuais de "reversão" utilizando medicamentos como ivermectina, aspirina eanti-inflamatórios; e a otorrinolaringologista Maria Emilia Gadelha Serra, que cobra R$ 1,8 mil pela "terapia de reversão vacinal" e afirma anular os "efeitos adversos" da vacina, que são comuns após a aplicação do imunizante e costumam sumir em até dois dias. As informações foram reveladas pelo UOL.
Ainda segundo o portal, Falcão também oferece o serviço de atestado para que as pessoas possam se isentar da vacinação contra a covid-19. Além disso, diversos grupos antivacinas no Telegram reúnem uma série de profissionais que defendem o tratamento precoce e disseminam dúvidas sobre a vacina.
De acordo com o Ministério Público do Paraná, tais práticas podem configurar curandeirismo e serem enquadradas como crime pelo artigo 248. Já oConselho Nacional de Medicina disse em nota que a consulta pelo aplicativo de mensagens não caracteriza telemedicina, portanto não é regularizada.
Sobre "o detox vacinal", o CFM informou que "não comenta preliminarmente casos concretos". "Qualquer denúncia contra médicos deve ser direcionada inicialmente ao CRM do estado onde aconteceu o episódio para obter outras informações."
Vacinas são seguras
O Ministério da Saúde tem alertado sobre as fake news criadas para diminuir a aplicação das vacinas. Em seu site, o Ministério afirma que: "As vacinas são comprovadamente seguras e altamente eficazes para a proteção contra casos graves e óbitos pela Covid-19."
Na última quinta-feira, 30, a ministra Nísia Trindade alertou para os riscos da desinformação. "Temos enfrentado uma forte campanha, desde 27 de fevereiro, de fake news envolvendo a vacina bivalente (contra a Covid-19). Isso é extremamente sério, e eu tenho destacado que não se trata de desinformação, se trata de ação criminosa”, disse.
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