Na manhã desta quarta-feira, quatro crianças morreram no ataque a creche de Blumenau Tânia Rêgo/Agência Brasil
Publicado 05/04/2023 16:37
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Brasília - O governo federal decidiu nesta quarta-feira, 5, criar um grupo de trabalho interministerial para traçar medidas para valorização da "cultura de paz" e contra violência no País. A criação do GT foi informada pelo ministro da Secretaria da Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, e vem na esteira da tragédia nesta manhã em creche em Blumenau, Santa Catarina.

Um ataque na creche Cantinho Bom Pastor deixou quatro crianças mortas nesta quarta, segundo o Corpo de Bombeiros. O assassino, de 25 anos, levava uma machadinha e uma faca e, após fugir do local do crime, se apresentou à Polícia Militar.

De acordo com ministro da Secom, o GT será composto pelos Ministérios da Educação, Justiça, Direitos Humanos e Secretaria-Geral e deve ser coordenado pelo ministro da Educação, Camilo Santana. Segundo Pimenta, a ideia é valorizar na sociedade uma cultura da paz, de não violência e analisar como o governo pode administrar a rede de segurança. Ele ressaltou, contudo, que a administração de escolas e creches não cabe ao governo federal.

Na manhã desta quarta-feira, Lula se solidarizou com as famílias das vítimas das crianças que morreram no ataque. O chefe do Executivo disse, em publicação no Twitter, que uma tragédia como essa é "inaceitável", além de ser um ato de "covardia" e "ódio". Diante do ocorrido, foi atualizada a agenda oficial do presidente. Foi incluída reunião com os ministros das pastas que farão parte do GT às 15h30.


"Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor", escreveu o presidente no Twitter. "Para qualquer ser humano que tenha o sentimento cristão, uma tragédia como essa é inaceitável, um comportamento, um ato absurdo de ódio e covardia como esse." Segundo Pimenta, o chefe do Executivo ficou "muito baqueado" com o episódio.
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