Publicado 18/04/2023 13:13 | Atualizado 18/04/2023 13:43
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) endossou nesta terça-feira, 18, uma declaração do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que fatos proibidos na realidade precisam também ser proibidos nas redes sociais. Na prática, a declaração, feita em reunião com os três Poderes, governadores e prefeitos, é mais uma cobrança pela regulamentação das redes sociais.
"As chamadas plataformas, empresas que ganham dinheiro com divulgação da violência, estão cada vez mais ricas. Alguns proprietários são os mais ricos do planeta. Continuam divulgando qualquer mentira, não tem critério. Por isso, resumirei essa reunião na frase do Alexandre de Moraes: as pessoas não podem fazer da rede digital aquilo que é proibido na sociedade", declarou o chefe do Executivo.
Para o presidente, é preciso diferenciar liberdade de expressão de "cretinice" para avançar nesse debate. "Há uma predominância da rede digital do mal. As pessoas gostam de mentira, de fake news, é só ver como foi a última eleição nesse país", disse Lula, que voltou a responsabilizar os discursos de ódio disseminados nas redes pelos mais recentes ataques nas escolas. "Estamos colhendo o que a gente plantou", acrescentou, classificando as redes sociais como um instrumento "avassalador".
Lula destacou que os ataques nas escolas são um fato ainda desconhecido no Brasil, e que será preciso ter a colaboração das famílias para diminuir essa onda. O presidente rechaçou a ideia de transformar as instituições de ensino em "prisões de segurança máxima". Na avaliação do chefe do Executivo, é preciso cuidar da saúde mental das crianças e adolescentes.
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