Lucas Terra tinha 14 anos em 2001Reprodução/TV Bahia
Publicado 28/04/2023 09:31 | Atualizado 28/04/2023 12:00
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Os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda receberam uma sentença de 21 anos de prisão cada um, após a decisão da maioria do júri, pela morte do adolescente Lucas Terra, de 14 anos, ocorrida em 2001.

O julgamento teve início na terça-feira (25) e a condenação por homicídio com três agravantes: motivo torpe (vingança), método cruel e impossibilidade de defesa da vítima foi anunciada na quinta-feira (27).


Conforme a decisão da juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto, ambos receberam uma pena base de 18 anos por homicídio, mais três anos por causa da impossibilidade de defesa da vítima. Fernando Aparecido e Joel Miranda têm o direito de recorrer da decisão em liberdade, pois se entregaram sem oposição ao júri.

Se a decisão for mantida, os líderes religiosos terão que cumprir a pena em regime fechado. A acusação de ocultação de cadáver foi excluída, uma vez que o crime prescreveu após quatro anos.
O caso
Lucas Terra foi um adolescente brasileiro de 14 anos que foi brutalmente assassinado em 21 de março de 2001 em Salvador, capital da Bahia. Ele frequentava a Igreja Universal do Reino de Deus e, durante um retiro religioso, ele teria flagrado uma relação sexual entre Fernando Aparecido e Joel Miranda.
Após o flagra, ele teria sido abusado sexualmente pelos dois dos líderes da igreja, de acordo com a denúncia de Silvio Galiza, também pastor, e identificado como o principal autor do assassinato.

Após denunciar o abuso, Lucas teria sido ameaçado de morte e, posteriormente, foi assassinato. Seu corpo foi colocado em uma caixa de madeira e ele foi queimado vivo na Avenida Vasco da Gama, em Salvador.
O caso gerou grande comoção e chamou a atenção para o abuso sexual de menores dentro das instituições religiosas.
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