Bolsonaro nega que tenha adulterado dados do cartão de vacinaçãoCarolina Antunes/PR
Publicado 04/05/2023 12:18
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De acordo com o relatório da Polícia Federal enviado ao ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) emitiu certificado de vacinação 15 dias antes de voltar ao Brasil, em 30 de março. Ele estava nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro de 2022.

O documento mostra que um usuário ligado ao ex-mandatário emitiu quatro certificados pelo ConectSus. O último foi emitido em 14 de março. Veja:
Primeiro certificado: 22 de dezembro de 2022, às 8h;

Segundo certificado: 27 de dezembro de 2022, às 14h19min;

Terceiro certificado: 30 de dezembro de 2022, às 12h2min;

Quarto certificado: 14 de março de 2023, às 8h15min.

No início, a conta do ex-presidente estava vinculada ao e-mail do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid. No entanto, ela foi alterada para o endereço de Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial do Presidente da República.
“Desta forma, é possível concluir que o acesso ao aplicativo ConecteSUS e as consequentes emissões de certificado de vacinação contra a Covid-19, nos dias 22 e 27 de dezembro de 2022, pelo usuário do ex-Presidente da República JAIR BOLSONARO foram realizados no Palácio do Planalto, local condizente com a atividade então exercida por JAIR MESSIAS BOLSONARO”, diz a PF.

“Tais condutas, contextualizadas com os elementos informativos apresentados, indicam que as inserções falsas podem ter sido realizadas com o objetivo de gerar vantagem indevida para o ex-Presidente da República, JAIR BOLSONARO relacionada a fatos e Página 82 de 114 situações que necessitem de comprovante de vacinação contra a Covid-19”, destaca a corporação.
Bolsonaro nega fraude
Segundo o ex-presidente, ele e a filha Laura, de 12 anos, não tiveram o cartão de vacinação alterados. "Não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final, nunca neguei isso", disse Bolsonaro.

"O que eu tenho a dizer a vocês? Eu não tomei a vacina. Uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer, decidi não tomar a vacina. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado, ela tomou a vacina nos Estados Unidos, da Janssen. E a outra, minha filha, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tem laudo médico no tocante isso", completou Bolsonaro.
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