Publicado 09/05/2023 15:52
Os acusados pelo assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira voltaram atrás na confissão que tinham feito à polícia e passaram a alegar legítima defesa. Eles foram ouvidos em audiência na Justiça Federal nesta segunda-feira, 8, e disseram que Bruno teria atirado primeiro.
Em entrevista à Agência Brasil, o advogado da família de Dom, Rafael Fagundes, disse que, no depoimento que prestaram na polícia, os acusados haviam confessado que atiraram primeiro.
A audiência ocorreu em Tabatinga (AM), por videoconferência, já que os acusados Amarildo da Costa Oliveira, Oseney Costa de Oliveira e Jeferson da Silva Lima estão presos em presídios federais. O primeiro está em Catanduvas, no Paraná, e os outros dois em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
“Esse movimento é natural. É direito deles se defender, ainda que a versão que eles tenham apresentado não se sustente, nem do ponto de vista lógico, nem do ponto de vista das provas dos autos”, disse o advogado.
Este foi o primeiro depoimento dos acusados à Justiça, eles foram os últimos a serem ouvidos no processo. Depoimentos de testemunhas já tinham sido colhidos em audiências anteriores. Segundo o advogado, “a única versão dissonante (de que eles são culpados) é a que foi dada pelos parentes dos acusados, que sequer prestaram compromisso de dizer a verdade”.
Fagundes informou que agora as partes envolvidas no processo vão requerer suas últimas provas, podendo requerer novas diligências, como juntada de documentos, expedição de ofícios, requerimento de informações. Depois o juiz decidirá se os acusados irão a júri popular. No entanto, não há prazo para essa decisão.
Relembre o caso
Em entrevista à Agência Brasil, o advogado da família de Dom, Rafael Fagundes, disse que, no depoimento que prestaram na polícia, os acusados haviam confessado que atiraram primeiro.
A audiência ocorreu em Tabatinga (AM), por videoconferência, já que os acusados Amarildo da Costa Oliveira, Oseney Costa de Oliveira e Jeferson da Silva Lima estão presos em presídios federais. O primeiro está em Catanduvas, no Paraná, e os outros dois em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
“Esse movimento é natural. É direito deles se defender, ainda que a versão que eles tenham apresentado não se sustente, nem do ponto de vista lógico, nem do ponto de vista das provas dos autos”, disse o advogado.
Este foi o primeiro depoimento dos acusados à Justiça, eles foram os últimos a serem ouvidos no processo. Depoimentos de testemunhas já tinham sido colhidos em audiências anteriores. Segundo o advogado, “a única versão dissonante (de que eles são culpados) é a que foi dada pelos parentes dos acusados, que sequer prestaram compromisso de dizer a verdade”.
Fagundes informou que agora as partes envolvidas no processo vão requerer suas últimas provas, podendo requerer novas diligências, como juntada de documentos, expedição de ofícios, requerimento de informações. Depois o juiz decidirá se os acusados irão a júri popular. No entanto, não há prazo para essa decisão.
Relembre o caso
Bruno e Dom desapareceram em 5 de junho de 2022. Três suspeitos foram presos pelo crime: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado — que confessou o crime —, Oseney da Costa Oliveira, o Dos Santos, e Jeferson da Silva Lima, o Peladinho ou Pelado da Dinha — que assumiu ter participado, mas negou que tenha feito disparos.
Outros cinco já foram identificados pela polícia e são investigados. Os agentes tentam ainda chegar a outros nomes que teriam ajudado os assassinos a esconderem os corpos.
A polícia conseguiu chegar até os corpos depois que o assassino confesso, conduzido, levou os agentes até o local onde eles foram enterrados, mais de 3 quilômetros adentro das margens do Rio Itaquaí.
A polícia conseguiu chegar até os corpos depois que o assassino confesso, conduzido, levou os agentes até o local onde eles foram enterrados, mais de 3 quilômetros adentro das margens do Rio Itaquaí.
As autoridades policiais colocaram sob suspeita pelo menos oito pessoas, por possível participação nos homicídios e na ocultação dos cadáveres. No final de outubro de 2022, o suposto mandante do assassinato, Rubens Villar Pereira, foi posto em liberdade provisória após pagar fiança de R$ 15 mil.
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