Publicado 19/05/2023 11:18
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou não haver motivos para sua prisão, mas alegou que pessoas "importantes" discutiam prendê-lo antes mesmo do fim de seu mandato, visando uma prisão mais branda apenas para rotulá-lo como ex-presidiário. As declarações foram dadas em uma entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira, 19.
Bolsonaro está enfrentando pelo menos 24 ações e inquéritos, incluindo investigações sobre seu suposto envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro, a questão das joias sauditas trazidas pela comitiva presidencial da Arábia Saudita e a atuação de um grupo que teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Atos antidemocráticos
Bolsonaro está enfrentando pelo menos 24 ações e inquéritos, incluindo investigações sobre seu suposto envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro, a questão das joias sauditas trazidas pela comitiva presidencial da Arábia Saudita e a atuação de um grupo que teria inserido dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Atos antidemocráticos
Ao falar sobre o caso da ex-presidente boliviana Jeanine Áñez, presa e condenada por atos antidemocráticos, Bolsonaro negou temer uma situação semelhante no Brasil.
"Para ter algum motivo que justificasse isso, eu precisaria ter feito pelo menos 10% do que ela fez. E eu não fiz nada. Algumas pessoas importantes, não vou revelar os nomes, já falavam antes do fim do governo que queriam me prender. Uma prisão mais branda, apenas para me rotular como ex-presidiário", afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente disse que esperava perseguição após deixar o cargo, mas não da forma como tem acontecido.
"As pessoas estão vasculhando tudo ao meu redor. Eu esperava perseguição, mas não dessa maneira. Na terça-feira, mal tinha saído do prédio da Polícia Federal e a cópia do meu depoimento já estava na televisão. É um desrespeito. Meu círculo de confiança é monitorado desde 2021. Por que quebraram o sigilo do coronel Cid? Para chegar até mim", afirmou.
"Para ter algum motivo que justificasse isso, eu precisaria ter feito pelo menos 10% do que ela fez. E eu não fiz nada. Algumas pessoas importantes, não vou revelar os nomes, já falavam antes do fim do governo que queriam me prender. Uma prisão mais branda, apenas para me rotular como ex-presidiário", afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente disse que esperava perseguição após deixar o cargo, mas não da forma como tem acontecido.
"As pessoas estão vasculhando tudo ao meu redor. Eu esperava perseguição, mas não dessa maneira. Na terça-feira, mal tinha saído do prédio da Polícia Federal e a cópia do meu depoimento já estava na televisão. É um desrespeito. Meu círculo de confiança é monitorado desde 2021. Por que quebraram o sigilo do coronel Cid? Para chegar até mim", afirmou.
Durante a entrevista, Bolsonaro afirmou acreditar que "alguém fez besteira" no caso dos certificados falsos de vacinação, porém defendeu Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, preso em 3 de maio por suspeita de envolvimento no esquema.
"Foi o comando do Exército da época quem o indicou, mas ele me serviu muito bem. Nunca tive motivos para desconfiar dele, e não quero acusá-lo de nada. Tenho um carinho especial por ele. É filho de um general da minha turma, considero-o como um filho", afirmou.
Em relação às conversas entre ele e o ex-ajudante de ordens, após a conclusão da perícia nos celulares apreendidos, Bolsonaro afirmou não temer que os investigadores encontrem algo comprometedor.
"Quando se fala em comprometedor, as pessoas logo pensam em dinheiro, em algo ilícito. Não há nada disso, absolutamente nada. Agora, há trocas de mensagens em uma linguagem informal, há palavrões. Certamente há conversas que envolvem segredos de Estado. Vazar isso certamente seria prejudicial para a segurança nacional", disse Bolsonaro.
O ex-presidente também criticou a forma como as investigações são conduzidas, alegando que há perseguição e seletividade na escolha dos alvos.
Em relação às conversas entre ele e o ex-ajudante de ordens, após a conclusão da perícia nos celulares apreendidos, Bolsonaro afirmou não temer que os investigadores encontrem algo comprometedor.
"Quando se fala em comprometedor, as pessoas logo pensam em dinheiro, em algo ilícito. Não há nada disso, absolutamente nada. Agora, há trocas de mensagens em uma linguagem informal, há palavrões. Certamente há conversas que envolvem segredos de Estado. Vazar isso certamente seria prejudicial para a segurança nacional", disse Bolsonaro.
O ex-presidente também criticou a forma como as investigações são conduzidas, alegando que há perseguição e seletividade na escolha dos alvos.
"Existem outros políticos com muito mais motivos para serem investigados, mas eles não são tocados. Parece que a mira está sempre voltada para mim e para aqueles que estiveram ao meu lado", afirmou.
Bolsonaro também reiterou sua confiança na Justiça e disse que irá enfrentar todas as acusações de forma justa e legal
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"Eu acredito na Justiça, acredito que a verdade vai prevalecer. Se houver algo que justifique uma prisão, eu irei responder por isso. Mas não aceito ser perseguido politicamente ou ter minha imagem difamada de forma injusta", ressaltou.
O ex-presidente encerrou a entrevista afirmando que está preparado para qualquer desfecho e que, se necessário, está disposto a se tornar um "mártir" em defesa de suas convicções.
"Eu não estou acima da lei, mas também não estou abaixo dela. Se for para ser preso por defender o que acredito, que assim seja. Estou disposto a pagar o preço. Não vão calar minha voz e nem tirar minha coragem de lutar pelo Brasil", concluiu Bolsonaro.
O ex-presidente encerrou a entrevista afirmando que está preparado para qualquer desfecho e que, se necessário, está disposto a se tornar um "mártir" em defesa de suas convicções.
"Eu não estou acima da lei, mas também não estou abaixo dela. Se for para ser preso por defender o que acredito, que assim seja. Estou disposto a pagar o preço. Não vão calar minha voz e nem tirar minha coragem de lutar pelo Brasil", concluiu Bolsonaro.
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