Publicado 30/05/2023 11:53
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os líderes de toda a América do Sul, reunidos nesta terça-feira, 30, em Brasília, deverão apresentar em 120 dias um "mapa do caminho da integração" da região.
A fórmula de cooperação na América do Sul é um desafio frente às divergências ideológicas locais. Enquanto presidentes de esquerda, como Lula, defendem a reativação da Unasul, figuras mais à direita resistem ao plano. Em discurso de abertura na cúpula, Lula garantiu que a integração será feita com respeito às diferenças.
"Julgo essencial a criação de um grupo de alto nível, a ser integrado por representantes pessoais de cada presidente, para dar seguimento ao trabalho de reflexão. Com base no que decidamos hoje, esse grupo terá 120 dias para apresentar um mapa do caminho para a integração da América do Sul", declarou o presidente brasileiro.
Lula se disse "pessoalmente convencido da necessidade de um foro que nos permita discutir com fluidez e regularidade" os problemas da região e a integração para evitar que a América do Sul passe mais 500 anos na periferia do mundo.
"Enquanto estivermos desunidos, não faremos da América do Sul um continente desenvolvido em todo o seu potencial", declarou o petista, para quem permitir a vitória das diferenças ideológicas tem um custo elevado.
"A política não é destino, mas construção humana sobre condições históricas dadas. A integração será feita no respeito à diferença, porque não há mais espaço para a homogeneidade da submissão", acrescentou Lula em defesa da integração possível, e não ideal, com respeito às diferenças ideológicas. Foi uma citação ao seu ex-assessor Marco Aurélio Garcia, que foi dirigente do PT e faleceu em 2017.
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