Tempo médio de espera para cincessão de visto para os EUA é de 508 diasInternet/Reprodução
Publicado 05/06/2023 15:20
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Os Estados Unidos emitiram 85.299 vistos para brasileiros em abril, queda de 20% na comparação com o mês anterior — porém o segundo maior volume da série histórica, atrás apenas das mais de 106 mil emissões registradas em março. A grande maioria das autorizações foi referente ao visto de negócio e turismo (B1/B2), que representou 95% do total. Os dados são de um levantamento realizado pelo escritório de advocacia AG Immigration com base em informações do Departamento de Estado norte-americano.
O Brasil foi o terceiro país que mais recebeu vistos americanos em abril, com México (205 mil) e Índia (101 mil) liderando a lista. China (48 mil) e Colômbia (46 mil) completam as cinco primeiras colocações do ranking.
De acordo com o advogado de imigração Felipe Alexandre, sócio-fundador da AG Immigration, a queda na emissão de vistos em abril pode ser explicada, em parte, pelos dois feriados prolongados ocorridos no mês. Como a Embaixada e os consulados processam, em média, cerca de 6 mil pedidos diariamente no Brasil, qualquer dia que eles fiquem fechados impacta na comparação mensal.
“Além disso, existem variações normais que ocorrem entre um mês e outro, como licenças, folgas e férias de funcionários, por exemplo. No entanto, a Embaixada tem feito contratações, e o volume de emissões vem crescendo do segundo semestre do ano passado para cá, o que indica um esforço bastante positivo para reduzir o tempo de espera nas emissões”, diz Alexandre.
Atualmente, o principal gargalo da Embaixada dos EUA no Brasil são os vistos de negócio e turismo (B1/B2), que historicamente respondem por mais de 90% de todas as emissões no país. Nas cinco cidades onde ele é emitido, o tempo médio de espera para obter o documento é de 508 dias, segundo estimativas do próprio Departamento de Estado para a primeira semana de junho.
São Paulo é a cidade com a maior fila: 615 dias, seguida por Porto Alegre (507), Brasília (493), Rio de Janeiro (478) e Recife (449). Com exceção da capital carioca, todas as outras nunca viram demoras tão elevadas como as atuais.
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