Desembargador é suspeito de manter mulher em condição análoga ao trabalho escravoInternet/Reprodução
Publicado 06/06/2023 14:43
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Na manhã desta terça-feira, 6, a Polícia Federal deflagrou uma ação que realizou buscas, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), na casa do desembargador Jorge Luiz Borba, em Florianópolis, Santa Catarina, por suspeitas de envolvimento do juiz com trabalho escravo .

Segundo a PF, Borba estaria mantendo uma trabalhadora surda e muda em condições análogas à escravidão há pelo menos 20 anos sem receber salário e assistência à saúde em sua residência.
O Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho, órgão responsável por investigações de trabalhos escravos em todo o Brasil, acompanha o caso sob autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Agentes federais apuram suspeitas contra a mulher do desembargador pelo mesmo crime. Segundo testemunhas ouvidas pelo MPT, o trabalho da mulher era forçado, com condições degradantes e jornadas exaustivas.

Além disso, a PF apura maus-tratos contra a mulher e da negativa dos acusados em prestar-lhe qualquer assistência de saúde. Os denunciantes afirmaram a polícia, que a vítima era impedida do convívio social e nunca recebeu qualquer tipo de instrução formal. A decisão judicial determinou uma medida cautelar e o resgate da vítima, além da emissão das guias para a quitação das verbas trabalhistas devidas.
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