Publicado 23/06/2023 14:52
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, vão jantar com o príncipe saudita Mohammed bin Salman Al Saud nesta sexta-feira (23). O jantar oferecido pelo príncipe será na Residência Oficial do Reino da Arábia Saudita em Paris.
Em 2021, o príncipe deu joias no valor aproximado de R$ 16,5 milhões para Jair e Michelle Bolsonaro, as mesmas que o ex-presidente tentou trazer ilegalmente ao país.
Em 2021, o príncipe deu joias no valor aproximado de R$ 16,5 milhões para Jair e Michelle Bolsonaro, as mesmas que o ex-presidente tentou trazer ilegalmente ao país.
Mohammed bin Salman é príncipe herdeiro da Arábia Saudita, filho do rei Salman bin Abdulaziz Al Saud. Ele já atuou em diversos cargos no governo saudita e foi nomeado primeiro-ministro em 2022. A fortuna dos Al Saud é estimada em US$ 1,4 trilhão.
O príncipe está sendo acusado de assassinar o jornalista Jamal Khashoggi, morto em 2018 em um consulado saudita. Além dessa acusação, ele também já foi denunciado por intolerância religiosa e ataques contra o direito das mulheres e pessoas LGBTQIAP+.
O príncipe está sendo acusado de assassinar o jornalista Jamal Khashoggi, morto em 2018 em um consulado saudita. Além dessa acusação, ele também já foi denunciado por intolerância religiosa e ataques contra o direito das mulheres e pessoas LGBTQIAP+.
Relembre o caso das joias
O governo de Jair Bolsonaro tentou incorporar as joias sauditas ao acervo pessoal do ex-presidente da República e não ao presidencial, avaliou o Ministério Público Federal.
No ofício publicado no dia 24 de abril, a procuradora do caso defendeu a necessidade de uma ação de busca e apreensão na casa de Marcelo da Silva Vieira, chefe do Gabe Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República (GADH) e o responsável por receber e encaminhar presentes destinados ao então presidente Jair Bolsonaro. Em 12 de maio, uma ação da PF apreendeu o celular do militar.
As investigações revelaram que, no final de dezembro de 2022, o tenente-coronel Mauro Cid, chefe da Ajudância de Ordens da Presidência da República, se empenhou para liberar as joias junto a agentes da Receita Federal. Além disso, Cid acionou funcionários, entre eles Marcelo da Silva Vieira, para que tentasse realizar os trâmites burocráticos para recebimento dos itens de luxo.
Em depoimento à PF, o ex-chefe do setor de presentes afirmou que Mauro havia informado que, em 29 de dezembro, iriam chegar presentes destinados Jair Bolsonaro e que ele (Mauro Cid), encaminharia informações “por meio eletrônico, inclusive o formulário de encaminhamento, e respectivas fotos, para que fossem tratados pelo GADH, pois o presente físico seria entregue ao seu titular” – ou seja, o então presidente na época.
Segundo a procuradora, não caberia à Ajudância de Ordens, que estava sob o comando de Cid, decidir se os artigos de luxo iriam diretamente para o chefe do Executivo federal.
No ofício publicado no dia 24 de abril, a procuradora do caso defendeu a necessidade de uma ação de busca e apreensão na casa de Marcelo da Silva Vieira, chefe do Gabe Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República (GADH) e o responsável por receber e encaminhar presentes destinados ao então presidente Jair Bolsonaro. Em 12 de maio, uma ação da PF apreendeu o celular do militar.
As investigações revelaram que, no final de dezembro de 2022, o tenente-coronel Mauro Cid, chefe da Ajudância de Ordens da Presidência da República, se empenhou para liberar as joias junto a agentes da Receita Federal. Além disso, Cid acionou funcionários, entre eles Marcelo da Silva Vieira, para que tentasse realizar os trâmites burocráticos para recebimento dos itens de luxo.
Em depoimento à PF, o ex-chefe do setor de presentes afirmou que Mauro havia informado que, em 29 de dezembro, iriam chegar presentes destinados Jair Bolsonaro e que ele (Mauro Cid), encaminharia informações “por meio eletrônico, inclusive o formulário de encaminhamento, e respectivas fotos, para que fossem tratados pelo GADH, pois o presente físico seria entregue ao seu titular” – ou seja, o então presidente na época.
Segundo a procuradora, não caberia à Ajudância de Ordens, que estava sob o comando de Cid, decidir se os artigos de luxo iriam diretamente para o chefe do Executivo federal.
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