Publicado 04/07/2023 17:38 | Atualizado 04/07/2023 17:39
São Paulo - O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) é o pré-candidato do Movimento Brasil Livre (MBL) à Prefeitura de São Paulo. Em uma eleição interna realizada nesta segunda-feira, 3, com 9.951 membros da organização política, Kataguiri teve 56,1% dos votos. Ele venceu o deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP), que teve 43,9% das preferências.
Após a divulgação dos resultados, Kim afirmou que pretende resolver problemas do centro da capital paulista, como a Cracolândia, que tem registrado onda de violência. "Precisamos de alguém que esteja disposto a receber processos, nem que seja para o resto da vida, mas que seja para fazer o problema no centro de São Paulo ser resolvido", disse.
Kim Kataguiri tem 27 anos e é deputado federal por São Paulo desde 2019. Ele está em seu segundo mandato, para o qual foi eleito com 295.460 votos - o oitavo mais votado no Estado. Atualmente, ele é o único parlamentar do MBL, organização política da qual foi um dos fundadores, na Câmara Federal.
Nas redes sociais, Zacarias disse que vai apoiar a campanha de Kataguiri e anunciou que será coordenador de comunicação da sua pré-candidatura. "O MBL estará muito bem representado nessa batalha, com o Kim na linha de frente, e todos nós trabalhando por esse projeto", disse.
Como mostrou a Coluna do Estadão, o partido de Kim, o União Brasil, estimula a sua pré-candidatura, mas mantém também apoio à reeleição de Ricardo Nunes (MDB-SP), o atual prefeito da capital paulista. Aliados do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil-SP) dizem que ele pretende testar a viabilidade eleitoral de Nunes e tenta garantir um "plano B" caso o prefeito não tenha bons resultados nas pesquisas de intenção de voto.
Na eleição de 2020, o candidato do MBL à Prefeitura de São Paulo foi o ex-deputado estadual Arthur do Val (União Brasil-SP), que obteve 522.210 votos no pleito, ficando em quarto lugar com 9,78%. Em maio de 2022, Do Val teve o mandato cassado e ficou inelegível por oito anos após áudios de teor machista, nos quais afirmava que as mulheres ucranianas "são fáceis porque são pobres", serem divulgados na imprensa.
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